A opinião de ...

Indivíduos de Raça Perigosa

O lamentável e arrepiante episódio à saída da discoteca Urban Beach, em Lisboa, na madrugada do pretérito dia 1 de Novembro, captado pelo telemóvel de uma pessoa que o presenciou e difundido nas redes sociais e, posteriormente, visto nas televisões – infelizmente o prato do dia em muitos destes locais de diversão nocturna por esse país fora - como não podia deixar de ser, lança a inevitável pergunta acerca do perfil psicológico dos protagonistas agressores, seguranças privados ao serviço da dita.
Antes de mais, é preciso termos em conta que, nesta e noutras matérias, não se pode generalizar, sob pena de se cometerem injustiças, porquanto na profissão em apreço, de Segurança, há excelentes profissionais, com sentido de urbanidade e mentalmente equilibrados.
Ora, os tipos que naquela madrugada espancaram selvática e covardemente o jovem à saída da discoteca – não há nada que justifique a barbárie -, são o produto duma sociedade que dá crédito aos “rambos” esteróidico – anabolizados, muito na moda. São, por assim dizer, indivíduos frustrados, cujo atributo a exibir, porque auto – manipulados geneticamente, quais rottweiller´s e pit bull`s, é a linguagem da brutalidade gratuita, exercida, quase sempre, sobre cidadãos indefesos, que, resultado da ingestão desmesurada de álcool, se vêem na ausência das faculdades de discernimento.
Ainda que não frequente a noite (pelo menos neste nível – as etapas da vida têm que ser vividas no momento certo -), sou levado a pensar que estes tipos, cujo tamanho do cérebro, diz-se, é de aracnídeo, fazem destes “palcos” o ringue ideal de combate para exorcizar os demónios que têm dentro de si. Como se viu pelas imagens, os “touros” enraivecidos, actuando em matilha, não submetidos à vacinação anti – rábica obrigatória anual, viram naquele rapaz indefeso o saco de boxe perfeito.
Lamentável foi também a reacção de Paulo Dâmaso, presidente do Conselho de Administração da Urban Beach, ao considerar - secundarizando o sucedido-, que o encerramento da discoteca por parte do Ministério da Administração Interna foi uma decisão “judicial” em praça pública. Poderá não ser o mecanismo desejável em democracia, mas, para nós, cidadãos, não há nada mais reconfortante do que sabermos que a justiça foi feita. E é aqui que as redes sociais, por muitos defeitos que lhe apontemos, cumprem o seu verdadeiro papel cívico.
Perante a gravidade dos acontecimentos, não é de estranhar, pois, que se encomendem estudos científicos a entidades independentes para solucionar o problema a nível nacional. É perda de tempo e de dinheiro! Como vulgar cidadão, deixo aqui o meu contributo: obriguem os proprietários deste género de espaços nocturnos a contratar agentes da PSP em serviço de gratificado.
Politicamente não é fácil. O sub - mundo da noite impõe as suas regras

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