A opinião de ...

Como aproveitar melhor o tempo?

Aproveitar melhor o tempo é um dilema difícil de solucionar seja na gestão pessoal do tempo ou no ambiente profissional. Conciliar o tempo entre o trabalho e família, estudos e lazer é um tarefa difícil.  A frase popular já dizia que “tempo é dinheiro”. E de fato é! O salário que recebemos é pago por nós pela moeda “tempo”. Por isso é preciso pensar estrategicamente em cada passo que é dado, pois cada erro, cada retrabalho é vida, tempo (dinheiro) jogado fora.
Para lidar melhor com esse tempo complexo é preciso repensar nossos compromissos e atividades diariamente, precisamos diferenciar a PRÁTICA da PRÁXIS, são definições distintas e importantíssimas para lidarmos melhor com nossa vida. A PRÁTICA é o habito, é algo que fazemos como ação automática, sem pensar, como escovar os dentes pela manhã, por exemplo. A PRÁXIS é um agir consciente, é uma ação reflexiva, criativa. Práxis é um movimento com base em conhecimentos para criar um plano de ação que servirá para a construção de novos caminhos e novos modos de agir.  
Mas, como passar de uma vida (empresarial, pessoal) de PRÁTICA para uma vida de PRÁXIS? Uma das alternativas é a busca constante conhecimento para um agir mais consciente. Na era da tecnologia em que estamos (definitivamente), é crescente e constante a produção de Big Data (conjunto de dados armazenados digitalmente), e Big Data pode ser também conhecimento se utilizado corretamente.
Nós produzimos Big Data diariamente, mesmo sem perceber, ao pagarmos a compra no supermercado com cartão bancário, uma assinatura de Internet ou no arquivamento do histórico de faturamento da empresa. Essa massa de dados gerados tem sido usada com objetivo de criar novas estratégias para lidarmos com o tempo, com dinheiro e com a vida prática, ou melhor, a vida PRÁXIS.   
Existe uma importante definição atual chamada de “Digital Humanities (Humanidade Digital)”, é um conceito muito mencionado entre especialistas em Gestão Empresarial, Comportamento Digital e Antropólogos que analisam grandes dados culturais usando técnicas computacionais e de visualização.  O objetivo desta prática é analisar dados gerados e a partir desses dados entender comportamentos e criar estratégias de melhorias da vida social e empresarial.
Um exemplo de Digital Humanities é o caso das ofertas que são recomendadas para nós via Amazon ou Netflix, ou o uso de Big Data para ajudar os produtores rurais a tomarem decisões de plantio com base em dados estatísticos e a coleta, monitoramento e analise informações sobre a lavoura, em tempo real. Com o uso de Big Data é possível criar um banco de dados de fácil acesso e que possa ser utilizada por agricultores, independentemente se são de pequeno, médio ou grande porte com objetivo de aumentar a produtividade em cada hectare e saco de semente cultivada pelo agricultor, por exemplo.  
A tecnologia não resolverá os problemas políticos e pedagógicos, mas é útil para decifrar as constantes transformações e criar um agir mais reflexiva consciente. 
 
Thiago Ventura: Brasileiro, estudante de International Business Management - (European Degree) na ESTIG. Formado em Publicidade e Propaganda pela UNA/Brasil. E-mail: thiagobgv@gmail.com

Edição
3635

Assinaturas MDB