Unidade de Cuidados Continuados permitiu criar mais 50 postos de trabalho em Bragança

A criação da Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia de Bragança permite, para além de dar resposta a uma necessidade há muito identificada na região, fomentar a economia local com a criação de mais 50 postos de trabalho, na sua maioria de técnicos especializados.
“Com estas camas criámos, já, 50 empregos, que iniciaram o trabalho. Se tivermos mais 20 camas serão mais 20 empregos, o que é importante para o tecido social do concelho”, adiantou Eleutério Alves, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Bragança.
“Neste momento temos alguma certeza que até ao final de setembro teremos as 40 camas ocupadas. A necessidade é grande, as vagas existem. Caso contrário não se justificaria termos cá este equipamento”, sublinhou Eleutério Alves que, aproveitando a presença do membro do Governo, deixou o repto “para, logo que o entenda oportuno, dado que necessário já o consideramos, determine a revisão do nosso acordo de cooperação passando das 40 camas para as 60 camas inicialmente previstas”.
“O investimento fisico está feito, o equipamento móvel adquirido, os Recursos Humanos contratados, a necessidade sentida, a falta de vagas reconhecida. Faltará apenas a decisão política de V. Exª e, nessa, nós confiamos, porque acreditamos hoje, como acreditámos há 3 anos, na justeza das decisões do Governo”, disse Eleutério Alves, no seu discurso.
 Respondendo a essa questão, o Secretário de Estado da Segurança Social, Agostinho Branquinho, preferiu não se comprometer. Mas deixou duas alternativas. “Uma é o Estado contratualizar, dentro do que são as nossas disponibilidades financeiras, também essas 20 camas. Uma outra possibilidade é a própria Misericórdia de Bragança poder fazer uma exploração de caráter mais privado, com as pessoas que tenham outro tipo de posses poderem utilizar essas camas disponíveis”, frisou o governante.
Agostinho Branquinho anunciou que, com estes acordos, serão 934 camas contratualizadas este ano. “E é com enorme regozijo que venho à Misericórdia de Bragança assinar o protocolo que permite que aqui funcione uma unidade de média duração e uma unidade de longa duração, e que, com certeza, vai ajudar a servir melhor as comunidades desta região, em cuidados que são cuidados de saúde e de reabilitação, de forma a que as pessoas possam ter melhor qualidade de vida e uma mais rápida reinserção na sua vida ativa ou aquilo que faziam antes”, defendeu Agostinho Branquinho.
O Secretário de Estado considera, por isso, que “a rede de cuidados continuados está melhor e maior”. “Apesar de vivermos ainda um período de crise, nestes três anos conseguimos aumentar em cerca de 40 por cento, ou seja, em cerca de quase duas mil camas, o que significa um esforço muito grande de investimento nesta resposta da saúde e da Segurança Social e que é muito importante para as populações”, frisou.
Disso mesmo deu nota, também, o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias. “Sendo Bragança a cidade mais populosa do distrito, obrigava a que muitas pessoas fossem encaminhadas para outras unidades noutros concelhos, boa parte das vezes com grandes constrangimentos por causa do transporte. Agora esse problema fica reduzido. Esta unidade vai permitir a internalização de 40 utentes, o que vai contribuir para o bem estar dos próprios utentes e das famílias. No atual contexto sociodemográfico verifica-se a necessidade de atendimento deste tipo de situações”, disse.
A autarquia vai atribuir um apoio anual de cem mil euros, até 2017, que se soma ao de 300 mil já concedido anteriormente.