Bragança camaleónico foi demasiado verde
Exibição coletiva positiva ofuscada por dois erros individuais. Canarinhos de muito trabalho mostraram ter recursos, mas a eficácia do Vilaverdense, tanto a defender como a atacar, deixou o primeiro lugar mais longe.
Com a derrota caseira do passado domingo, o Bragança perdeu a oportunidade de recuperar o primeiro lugar do campeonato, porém ficou a ganhar em recursos. Privados de (muitas) soluções - entre lesionados e castigados -, os canarinhos responderam bem à desvantagem, mas perderam-se no caminho para os golos.
Ainda o apito do árbitro ecoava nas bancadas quando o Vilaverdense inaugurou o marcador, por Bruno Filipe, ex-avançado do primodivisonário Gil Vicente, que aproveitou uma desatenção de Paulo, lateral do GDB. Começava o jogo com o Bragança a perder. Um tónico que lançou a equipa para o ataque, por forma a responder a uma entrada negativa, ameaçando a baliza de Miguel por duas vezes na primeira parte, sempre por Gerôme. O intervalo antevia mexidas, porém, antes da saída para os balneários, o Vilaverdense dilatou a vantagem num lance caricato. Depois de um cruzamento de Salvador, Reguila chocou na pequena área com Ximena. Na ressaca, Tiago Carneiro dominou a bola, enquanto Corunha e Rafa dobravam Ximena na baliza - a levantar-se depois do choque faltoso de Reguila. Opunha-se Paulo a Carneiro, mas o ex-Rio Ave levou a melhor. Fez gato sapato do defesa brigantino e fuzilou a baliza do Bragança. Na segunda parte, André David mexeu. Entrou Obama (substituiu Paulo) e o Bragança passou a jogar com três centrais. Gerôme e Karaté ficaram com os corredores, enquanto Samir se juntava a Moisés no ataque. Uma adaptação tática que deu frutos, com os canarinhos a tornarem-se mais perigosos, mas impotentes para furar a teia do Vilaverdense, mais experiente.