Bragança

Hernâni Dias não põe de parte passagem de museu do Abade de Baçal para o município

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2023-04-06 09:33

O presidente da Câmara de Bragança não põe de parte a hipótese de o município vir a assumir a tutela do Museu do Abade de Baçal. Hernâni Dias diz que “tudo dependeria das condições” que fossem oferecidas por parte do poder central. “As relações de proximidade que temos com a comunidade têm vindo a dar frutos no sentido de melhor fazer a gestão dos vários equipamentos municipais”, afirmou o autarca.
Com a nova orgânica das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais (CCDR) e a reorganização em marcha da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), que prevê a transferência de competências, é desconhecido o futuro da tutela dos museus, dos quais dois são no distrito de Bragança, nomeadamente o Museu do Abade de Baçal e o Museu das Terras de Miranda. “Já estamos a assumir outras competências na área da Educação e Ação Social pelo que poderemos também assumir na Cultura. Nós podemos atingir melhores resultados, mas tudo depende das condições. O município já está a executar obras no Museu do Abade de Baçal e na Domus Municipalis com fundos do Plano de Recuperarão e Resiliência. Libertaram responsabilidade nestas intervenções para as mãos do município e depois não se percebe que tenha uma atitude completamente antagónica. Não se percebe. Nota-se alguma descoordenação”, acrescentou. A incerteza sobre o futuro dos cinco museus atualmente sob a alçada Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) é motivo de crítica para o autarca. “É uma antítese daquilo que o Governo defende. Por um lado, defende o processo de descentralização e está a transferir muitas competências, a centralizá-las nas CCDR e, por outro lado, na vertente da Cultura, embora estando a integrar as Direções Regionais de Cultura na Direção-Geral do Património, percebe-se que no que respeita aos museus estão a ter uma atitude inversa ao entrarem num processo de centralismo na gestão desses equipamentos, ficando na tutela direta de Lisboa. Que ninguém percebe”, referiu

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