Hotel na aldeia de Pinela promete revolucionar o turismo da região

Foi oficialmente apresentada ao público, na passada quinta-feira, a obra do Água Hotels em Pinela, uma aldeia do concelho de Bragança, que promete revolucionar o turismo no Nordeste Transmontano.

A cerimónia contou com a presença do bispo de Bragança-Miranda, que procedeu à bênção dos trabalhos.

Esta unidade hoteleira do grupo Água Hotels terá 80 quartos e quatro moradias, de tipologias T2 e T3, e deverá abrir portas na Páscoa de 2025, segundo anunciou o promotor, Adriano Martins, natural da vizinha aldeia de Rebordainhos.

“Todos os momentos destes são importantes para as nossas terras”, frisou, explicando que pretendeu, com esta cerimónia pública, “mostrar o andamento da obra”. “E que as nossas pretensões e os nossos objetivos irão ser concluídos. O projeto está em bom ritmo e em bom andamento.

A construção de estrutura vai em dez por cento mas só estamos há dois meses na obra. O arranque custa sempre um bocadinho mais mas com o andamento que leva, prevemos que na Páscoa de 2025 estaremos abertos”, anunciou.

Para o presidente da junta de freguesia de Pinela, Alex Olivier, esta pbra representa “um farol de esperança no combate ao despovoamento, com a criação de postos de trabalho na freguesia”. “Já estamos a ser contactados até por pessoas que, sendo naturais da freguesia, estão no litoral ou no estrangeiro para perceber se há essa possibilidade quando for o momento. Temos pessoas que se deslocam para Bragança que já nos questionaram sobre a possibilidade de poderem vir a desempenhar aqui alguma tarefa. Isso deixa-nos satisfeitos porque têm a oportunidade de trabalhar em casa.

Mas há um leque de freguesias vizinhas que poderá ter aqui, também, uma oportunidade, para as suas populações trabalharem”, frisou, apontando, também, “o próprio IPB e os seus alunos” como beneficiários do projeto.

O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, considera que se trata de “um investimento relevante para o território”. “É importante para o concelho, quer no que concerne ao volume de investimento, que são mais de oito milhões de euros, quer também no que concerne à parte da criação de postos de trabalho (40 a 50 diretos e à volta de cem indiretos), para além de tudo o que vão ser as necessidades de alimentação, etc. Só isso já representa movimento para o território. Mas, sobretudo, naquilo que é a capacidade de atrair novos visitantes. Virão pessoas do mundo inteiro visitar uma zona rica do ponto de vista ambiental e cultural e no que tem a ver com a oferta gastronómica”, frisou.

Luís Pedro Martins, presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, diz que este projeto “vai permitir qualificar a oferta do território e aumentar a estada média no território transmontano”. “Continuamos com uma grande performance em número de hóspedes a crescer 25 por cento, no período janeiro-maio e comparado com o período homólogo do ano anterior. Em termos de dormidas, estamos a crescer 27 por cento. Outro indicador interessante para quem quer investir é o crescimento dos proveitos em cerca de 39 por cento. Isto é importante para quem quer investir”, sublinhou o mesmo responsável.