Parque naturais do distrito têm das mais altas médias anuais de área ardida

Os parques naturais do Montesinho, do Douro Internacional e Vale do Tua, em Trás-os-Montes, estão entre as áreas protegidas nacionais com mais área ardida nos últimos 14 anos, logo a seguir às Serras da Estrela e Gardunha, revela um estudo do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) sobre os incêndios em Portugal entre os anos de 2008 e 2022.
O Parque Regional do Vale do Tua apresenta uma média anual de 2,4% de área ardida, o equivalente a 593 ha. Os anos de 2012 (2644 ha) e 2017 (1282 ha) foram dos piores de sempre nesta área protegida que abrange municípios dos distritos de Bragança e de Vila Real.
O Montesinho tem uma média anual de 1316 hectares de área ardida (1,85%), num total de 74229 ha de terreno, segundo os últimos dados do ICNF. Destacam-se pela negativa os 2012 (3242ha) e 2009 (1903 ha) dos anos em que mais área se perdeu neste parque natural considerada a jóia da coroa.
No Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) a média de área ardida anual anda pelos 1325 ha (1,5%). Segundo o estudo do ICNF os anos de 2016 e 2017 foram dos que mais prejuízos trouxeram, 4717 ha e 7392 ha, respetivamente. A média da Serra da Estrela é de 3,8%, cm 3389 ha.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Bragança, Carlos Martins, admite que a maior parte dos fogos no verão, em Bragança, são na área do PNM, na zona norte. “Entre o Alto da Lombada e Zeive, Montesinho, Vilarinho e Parâmio. Não sabemos as razões”, afirmou.
Para Carlos Martins as áreas protegidas têm mais “continuidade de combustívies, porque não há grandes barreiras, não há estradas, nem caminhos , nem estradões que sirvam de barreiras à progressão dos incêndios”.