Mirandela

Próximo juíz da confraria de N. Sra. do Amparo terá mandato de quatro anos e não poderá estar na política ativa

Publicado por Fernando Pires em Qui, 2023-08-10 09:28

O próximo juiz da Confraria de Nossa Senhora do Amparo, bem como todos os membros dos órgãos sociais, terá um mandato de quatro anos e não pode estar envolvido na política ativa.
São apenas alguns dos critérios que vão constar dos novos estatutos, que vão à aprovação numa Assembleia de Confrades, que deve acontecer ainda durante este ano e posteriormente homologados pelo Bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, que também vai marcar o ato eleitoral, que já não acontece há dois anos, após a saída do anterior Bispo, D. José Cordeiro.
Segundo o Cónego Silvério Pires, anterior juiz do Tribunal Eclesiástico, os estatutos da Confraria de Nossa Senhora do Amparo, em vigor desde 1983, “estão desatualizados perante as normas do direito comum”, pelo que se impõe a sua renovação e dá dois exemplos do que deve constar nos novos regulamentos: “O mandato será de quatro anos, e não de dois como até aqui, porque os centros sociais paroquiais têm quatro anos de mandato, as comissões fabriqueiras das paróquias têm quatro anos de mandato. Portanto, há uma norma comum para toda a diocese”, diz.
Além disso, os elementos que venham a integrar os corpos gerentes “não podem ter militância política ativa, podem estar inscritos no partido que quiserem, mas não podem estar a exercer militância ativa, porque a igreja quer estar alheada do poder político e os novos estatutos não podem ser um fato à medida de cada um”, avisa.
O documento, com estas e outras alterações, já está praticamente elaborado pela atual Comissão Administrativa da Confraria e pronto a ser apresentado numa Assembleia de Confrades. “Já é um documento pronto para apresentar à diocese e ao seu bispo para análise e eventual retificação ou ratificação dos mesmos e homologação. Não o poderíamos ter feito até esta data, por a diocese estar órfã de bispo, mas como essa questão está colmatada, vamos cumprir a nossa obrigação e dar seguimento àquilo que já é o trabalho, nomeadamente, do Cónego Silvério Pires que se envolveu na elaboração desses estatutos, enquadrados perfeitamente no direito canónico, e vamos dar seguimento a esse processo”, garante Sílvio Santos.

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