Agora chuto aqui: Desporto nas Festas da Cidade
As ideias surgem de forma espontânea, onde quer que estejamos. À mesa do café, num contexto meramente circunstancial, surgem, por vezes, ideias que, passadas à prática, acabaram por constituir o ponto de partida para uma consolidação que, pela sua repetição, se tornaram como que uma tradição.
Vem isto a propósito do encontro desportivo que, desde há mais de dezena e meia de anos, tem vindo a ser realizado, em Bragança, integrado no programa das Festas Cidade, tendo como protagonistas intervenientes, representantes da Comunicação Social local e da Câmara Municipal.
Pois esta ideia, que emergiu de sequência de uma conversa entre mim e o então presidente da Junta de Freguesia da Sé e agora Vice-presidente da Câmara, Paulo Xavier, numa mesa de café, tornou-se num acontecimento que, anualmente, se repete, sempre com dinamismo, animação e recreação.
Embora, inicialmente, se limitasse a uma partida de futsal, seguida de uma jantar convívio, passados dois ou três anos, depressa tomou outra dimensão, porquanto, com toda a justiça, as meninas/senhoras também queriam participar e dar a sua contribuição.
E se, nesse sentido, o ensaio com a opção complementar pelo voleibol, não suscitou grande motivação, o Paintball, depressa ganhou adeptos e grande aceitação.
Assim sendo, passaram a realizar-se atividades, nas modalidades de Futebol e Paintball, de modo a que os/as participantes se integrassem de acordo com as suas aptidões e respetivas motivações.
Porém, sem menosprezo, pela outra modalidade, o futebol é o que ganha mais notoriedade e desperta mais emoção.
Naturalmente que, neste tipo de iniciativas, muito mais importante que os resultados numéricos finais, são os valores que norteiam a atividade desportiva e de lazer, as interacções positivas que cultivam, os valores humanos que se evidenciam, as nossas atitudes e os nossos comportamentos, no contexto das próprias vivências pessoais e sociais, que se devem processar num ambiente de harmonia e bem-estar.
De uma forma simplista, é o que deveria acontecer em todos os eventos desportivos e de convívio e que, neste tem sido uma realidade evidente.
Obviamente que em qualquer jogo, há sempre o objectivo de ganhar, evitando, consequentemente, o sabor, amargo ou não, de perder.
Uma vez mais, tendo como palco o sintético do C.E.E., as representações da Comunicação Social e da Câmara Municipal, apresentaram-se, no relvado, muito animadas, manifestando consideráveis níveis de confiança, antevendo, com efeito, uma partida de futebol animada, mas, claro está, nem sempre bem jogada.
Na verdade, poderão ter faltado forças físicas, a alguns dos presentes, mas não faltou a animação nem, muito menos a diversão. E isso é que importa.
Habituados a relativa supremacia nestes domínios, os homens da autarquia tomaram a iniciativa do jogo nos primeiros minutos. Porém, passado pouco tempo, percebendo que tinham condições para se imporem no relvado, os representantes da Comunicação Social, começaram a sustentar o seu jogo e depressa inauguraram o marcador, por intermédio do único elemento feminino que estava em campo, facto que causou grande surpresa e elogios correspondes à atleta.
A partir daí, não obstante, a tentativa de dar a volta ao marcador, por parte da equipa do município, com o ponta de lança, Hernâni Dias, a não esconder algum desânimo e desconforto, a verdade é acabaria por sofrer mais dois golos na primeira metade do desafio e três na segunda, num total de seis. Sem resposta.
Tendo em conta a forma como a partida decorreu, o resultado final não sofreu qualquer contestação, nem o trabalho da equipa de arbitragem, liderada por Rui Dias, que se comportou na perfeição.
Terminada a atividade desportiva, teve lugar um jantar/convívio, no restaurante “ O Copinhos”, onde o espírito de convívio foi evidenciado e reforçado.
