Autarquia antevê medidas extremas para combater a falta de água

Se a seca e a ausência de chuva persistir nos próximos dias, a Câmara de Bragança será obrigada a tomar medidas extremas para combater a falta de água no concelho, como a proibição de regas de jardins ou hortas.
O aviso já foi dado à população, por escrito, numa carta assinada pelo próprio presidente da Câmara, Hernâni Dias.
Ao Mensageiro, o autarca explicou que “este é um ano particularmente difícil, considerando que Bragança está, a par de outras zonas do território, em seca extrema”. “O que significa que tem de haver uma preocupação maior relativa aos consumos de água. De facto o município tem previstas novas medidas, caso as condições climatéricas se mantenham”, sublinhou.
Para já, a autarquia já reduziu a rega dos jardins em 50 por cento. Também no Water Slide Festival, segundo Hernâni Dias, não se gastou “uma gota de água tratada”. Isto numa altura em que foi necessário antecipar em 20 dias (comparativamente com 2014) o recurso à barragem de Serra Serrada, em Montesinho. Nesta altura, essa reserva está já a 50 por cento da sua capacidade, enquanto que a barragem de Veiguinhas, já pronta, praticamente não tem água. Uma das duas linhas que a abastecem está completamente seca e, na outra, corre um fio de água.
Ainda assim, o autarca brigantino garante que a tentativa de desvio do caudal do rio Sabor junto à nascente, que aconteceu há dois anos, como o Mensageiro denunciou na altura, não está associado a esta ‘secura’ de Veiguinhas.
Assim, caso não chova nos próximos dias, a autarquia promete algumas proibições (rega de jardins, públicos e privados, rega de hortas ou lavagens de carros) e, até, um novo tarifário, mais pesado, para incentivar a poupança de água.
 
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