Chuva estragou algum do negócio da feira das cantarinhas

A chuva que se abateu sobre o Nordeste Transmontano no semana passada não abençoou a Feira das Cantarinhas, uma das mais antigas do país, afastando alguns potenciais clientes. Mas os hotéis e restaurantes da cidade encheram por estes dias, à boleia de um feriado a meio da semana que permitiu uma ‘ponte’ a seguir ao 01 de maio.
O sentimento era de alguma desilusão e conformismo porque, apesar da chuva, ainda se fez algum negócio.
“O tempo está mau mas pessoal há muito. Compram é pouco. A vida também não está fácil. Mas está melhor do que no ano passado. Para o que temos feito nas outras feiras, nem se compara”, dizia Emília Maravilha ao Mensageiro. Esta feirante vem de Lamego participar no certame já desde 1973. Mas admite que esta é uma atividade com os dias contados. “As feiras já não são o que eram. O gasóleo está muito caro, os impostos altos mas temos as coisas em casa e temos de as vender”. E Bragança é mesmo o único local onde vende cantarinhas. Já Luísa Rebelo vem do Porto há 20 anos. Este ano até fez mais negócio, porque ficou num ponto “mais central”. “A feira não está muito mal. Nota-se alguma diferença para os anos anteriores por causa da chuva. Anda muito menos gente na rua”, notou.