Esact de Mirandela e ESA de Bragança integram consórcio europeu que vai desenvolver projeto de turismo sustentável

A Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (ESACT) de Mirandela e a Escola Superior Agrária do IPB integram um consórcio europeu que acaba de obter um financiamento de 400 mil euros para um projeto na área do turismo sustentável.

Além da produção de materiais didáticos, o projeto “GreenTea”, no âmbito do programa Erasmus+ Action Type KA220-HED, vai centrar-se na criação de uma plataforma de e-learning orientada para a formação dos futuros profissionais do setor do turismo, a qual irá também disponibilizar o acesso a recursos de aprendizagem focados na sustentabilidade a todos os que têm menos oportunidades ou dificuldades em aceder ao ensino formal.

Outro dos parceiros neste consórcio é a Portugal NTN, empresa mirandelense ligada ao turismo de natureza.

O projeto “junta-se à luta contra as alterações climáticas e une esforços para ajudar a reduzir os impactos ambientais negativos do turismo, para melhorar a empregabilidade dos futuros profissionais do setor”, explica Márcio Martins, professor da área do turismo na ESACT de Mirandela, que aponta o principal objetivo que este projeto pretende alcançar: “É onstruir uma plataforma de aprendizagem, de ensino, vocacionada para alguns stakeholders da área da atividade turística, para que possam ter acesso mais facilitado à formação de alta qualidade ao nível da atividade turística focado sobretudo em práticas mais sustentáveis e amigas do ambiente e por isso mesmo também se justifica o envolvimento desta empresa” (Portugal NTN), “que já tem um know-how bastante grande e que vai ser importante também para ajudar e a disseminar estas boas práticas ao nível da União Europeia”, acrescenta.

Mirandela está representada pela Esact e pela empresa ligada ao turismo de natureza, a Portugal NTN, neste consórcio europeu que envolve a Escola Superior Agraria do IPB, o Instituto de Agricultura e Turismo da Croácia e uma universidade do mesmo país (University of Rijeka), bem como uma universidade da Finlândia (Satakunta University of Applied Sciences), e outra da Hungria (Eszterházy Károly Catholic University (Hungria), que lidera o projeto.

Márcio Martins revela que o projeto prevê a criação de dois cursos de Verão que vão ser financiados, no qual os alunos interessados poderão inscrever-se. “Haverá intercâmbios entre estas diferentes instituições de ensino em que os alunos vão ter oportunidade de poder frequentar, onde vão ter acesso a uma parte daquela formação que depois irá incorporar também a plataforma que vai começar a ser desenvolvida e vai estar disponibilizada online em algumas línguas da União Europeia para que todos possam ter acesso à mesma formação”, explica.

Agora é começar a arregaçar as mangas. “Primeiro o trabalho a ser realizado com a construção da plataforma, colocar conteúdos nestas plataformas para que possam depois ser utilizados, não só pelas instituições de ensino superior, é importante que estes conteúdos também possam, por exemplo, ser integrados dentro de algumas unidades curriculares da licenciatura, do mestrado, por exemplo, e neste caso, em particular, o tema principal é a questão da sustentabilidade e da atividade turística, é basicamente um conjunto de manuais de boas práticas podem ser utilizados quer por empresas e trabalhadores, por exemplo, de empresas de administração turística, agências de viagens, do ramo da hotelaria, dos alojamentos em geral, etc. Portanto, serão estes os outputs no final dos três anos que esperamos que se consigam obter”, acredita.
O projeto “GreenTea” começará em setembro deste ano e terá a duração de 3 anos.