Exposição “20 anos, 20 escritores” para celebrar o Douro Património Mundial da Humanidade
A Câmara Municipal de Vila Flor juntou-se às comemorações dos 20 anos da elevação do Douro a Património da Humanidade pela UNESCO, recebendo a exposição “20 anos, 20 escritores”, da autoria do pintor Emerenciano, inaugurada na passada quarta-feira, 4.
Com a intenção de celebrar o Douro através da palavra dos seus escritores, a Associação dos Amigos do Museu do Douro e a Tertúlia João de Araújo Correia desafiaram o artista a trabalhar sobre um conjunto de autores oriundos da região duriense, ou que sobre ela se tenham debruçado nas suas obras, nomeadamente Agustina Bessa-Luís, Adelaide Monteiro, Miguel Torga, Campos Monteiro, Amadeu Ferreira, Francisco José Viegas, M. Pires Cabral, João de Araújo Correia, entre outros. “É um projeto de homenagem ao Douro tendo como ponto de partida os 20 anos da classificação do Douro como Património Mundial da Humanidade. A Tertúlia João de Araújo Correia, o Museu do Douro e a Associação de Amigos do Douro decidiram associar-se às comemorações e realizar este projeto que consiste numa exposição de pintura e no lançamento de uma antologia que tem por base os escritores nascidos ou seduzidos pela região, porque um ou outro não é oriundo de cá. Falaram desta realidade única que é o Douro. São 20 escritores porque são 20 anos. Selecionamos um conjunto de textos que constituem a antologia que vai ser apresentada hoje aqui também”, explicou Helena Gil, responsável pela Tertúlia João de Araújo Correia.
O projeto anda em itinerância pela região e Vila Flor foi o oitavo município a receber a exposição, que ficará no centro cultural municipal até ao final de outubro. “Contactamos os municípios e eles aderiram. O projeto já passou por Torre de Moncorvo, Santa Marta de Penaguião, Lamego, Armamar, Miranda do Douro, Foz Côa, entre outros. Até ao final de dezembro vai andar na estrada e, se no próximo ano, puder ser levada a outro concelho assim faremos”, referiu Helena Gil.
Emerenciano revelou que fez os retratos através de fotografias, mas procurou “criar uma unidade”, salientou. “Porque sendo todos diferentes têm uma repetição, através de elementos que os envolvem onde está presente um elemento visual ou simbólico da minha pintura, que é a representação visual da escrita. É toda a envolvência simbólica e decorativa para dar uma unidade”, descreveu Emerenciano.
Satisfeito por receber a exposição, o presidente da Câmara de Vila Flor, Pedro Lima, disse que esta “é a celebração do Douro”. Recordou o trabalho para se chegar à classificação da UNESCO. “É uma maneira de lembrar que se conseguiu este selo de qualidade, em conjunto. Vila Flor também é Douro. O sermos Património da Humanidade. Os socalcos, onde o homem conseguiu moldar a natureza para o seu propósito, para não cair no esquecimento e na rotina”, observou o autarca.
Na inauguração da exposição vários alunos do Agrupamento de Escolas de Vila Flor leram textos de escritores locais refletido sobre o Douro ou mesmo de textos escritos pelos próprios, “numa atitude de participação, inclusão e valorização do território.
