A opinião de ...

Tempos de mudança

A diocese de Bragança-Miranda vive, por estes meses, tempos de mudança. D. José Cordeiro, bispo desta diocese durante a última década, foi desafiado pelo Papa Francisco a tornar-se pastor de um rebanho maior, em Braga, numa arquidiocese mais antiga que o próprio Portugal.
É a primeira vez que um membro do clero desta diocese e oriundo desta parte do território assume semelhante desafio.
Motivo para deixar orgulhosos todos os transmontanos.
O processo de escolha do novo bispo para esta diocese só agora começa. Terá de ser definido o perfil adequado para o tempo e a função.
Até lá, a diocese passa a ser administrada por Mons. Adelino Paes, um sacerdote de méritos firmados, garante da estabilidade e confiança em tempo de sede vacante.
Confiança no tempo que há de vir foi, também, o que pediu D. José Cordeiro na primeira eucaristia a que presidiu na arquidiocese minhota.
E é com confiança que os fiéis transmontanos devem encarar os próximos tempos.
Desde logo, porque Mons. Adelino Paes é uma das vozes mais respeitadas e queridas da diocese.
Mas, também, de igual forma, porque o clero de Bragança-Miranda, apesar de diminuto em quantidade quando comparado com outras dioceses, transborda de qualidade, humana e pastoral, pleno de generosidade e resiliência. Poucos mas bons, como diz o povo, na sua sabedoria.
Só assim se consegue dar resposta a tantas tarefas desempenhadas por tão poucos, como tem sido feito ao longo do tempo pelos padres, diáconos, consagrados e leigos voluntários da nossa diocese.
Motivos mais do que suficientes para que os diocesanos mantenham a chama da sua Fé e não se desviem do caminho de Jesus Cristo.

A escolha do novo bispo terá, agora, a inspiração do Espírito Santo, como há dez anos, na certeza de que este povo do território da diocese de Bragança-Miranda sabe acolher nos seus braços, sabendo, também, que um dos seus desempenha, agora, nova missão ao serviço da Igreja.

Enquanto isso, por cá continuam a fazer-se contas à vida e aos apoios políticos a pensar já nas eleições partidárias que aí virão.
No PS, depois de algum afã inicial, quiçá projetado pela vitória eleitoral recente, é tempo de perceber quão seguro é o chão que se pisa antes de se lançarem novas candidaturas.
Mas uma coisa é certa, virão por aí dias animados nas lutas partidárias, com vários candidatos a diferentes posições.
Um ano que será importante na definição do que serão as escolhas de futuro dentro de quatro anos, quando se realizarem umas eleições autárquicas que voltarão a ditar, forçosamente, algumas mudanças.
O que está para acontecer agora, nos próximos meses, em mais do que um partido, pode vir a refletir-se nas escolhas que todos seremos chamados a fazer, enquanto cidadãos, lá mais para a frente.
Ora, e nunca é demais relembrar que é preciso olhar o futuro com especial atenção, até porque é lá que vamos passar o resto das nossas vidas.

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