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Viver a história… Em Frieira – Bragança

A identidade de um povo, sustenta-se na sua história, na sua religiosidade, na sua cultura, nos seus valores, nas suas tradições, nos seus usos e costumes, nas atitudes e sentimentos das suas gentes. A história retrata, com efeito, a forma como cada povo surgiu, viveu, evoluiu e sentiu, desde os primórdios até à atualidade. Sentir e viver a história de vida da nossa terra é assumir a identidade pessoal e partilha de vida, no contexto individual e coletivo da comunidade.
A aldeia de Frieira tem, como muitas outras, a sua história, que lhe confere uma identidade própria. Rica, em diversos domínios, e com uma transversalidade que lhe confere um estatuto especial, no contexto territorial em que regionalmente se inclui, sempre evidenciou e evidencia dinâmicas próprias, contextualizadas em interactividades construtivas e vizinhanças positivas.
Falar de Frieira é, pois, falar de uma terra que foi vila, sede de concelho, onde a história se vive e sente, de forma emergente, partilhada com o passado consagrado no presente.
Assim, torna-se importante, não só manter viva a memória do passado, como também saber como surgiu tudo o que, pelos antepassados, foi legado. Neste contexto, muitas histórias da história se contam e se contaram, sendo certo que nem todas se sustentam em realidades que nos ultrapassaram.
Com efeito, só através de um trabalho de investigação credível e sustentado, é possível conseguir um retrato do que esta localidade foi, a importância que representou no passado e no presente, para ela própria e para toda esta região circunvizinha. Afinal, como surgiram e para que serviram os seus monumentos históricos, a sua Igreja, as suas capelas, o seu património religioso e cultural, as suas tradições e como viveram e vivem as suas gentes?
Não tendo, estas e outras questões sido, até agora, alvo de um estudo investigatório sério, que reunisse num só volume a história de Freiria, o Conselho Paroquial de Assuntos Económicos da localidade, entendeu por bem levar por diante o desafio da publicação de um livro, inédito, sobre a aldeia.
Não foi, evidentemente, tarefa fácil. Longe disso! Não obstante o entusiasmo e a voluntariedade do Conselho Paroquial de Assuntos Económicos, deve ser valorizada a entrega, dedicação, determinação e acção do prestigiado Doutor/Historiador, António Rodrigues Mourinho, que foi incasável para a concretização desta publicação, não esquecendo todas as pessoas que, de forma generosa, prestaram a sua desinteressada colaboração. Afinal, o livro é de todos e para todos.
Neste domínio, seria, também, injusto não salientar a colaboração da Câmara Municipal de Bragança, bem como da Junta de Freguesia de Macedo do Mato.
Esta obra será, indiscutivelmente, um legado para o futuro, que dignifica o burgo de Frieira e a Freguesia de Macedo, passando a tornar-se uma mais valia no que toca ao conhecimento territorial, histórico e cultural do concelho e região de Bragança. Paralelamente fica, também, enriquecido o Roteiro da Terra Fria Transmontana, do qual Frieira faz parte.
Em jeito de informação para quem pretender estar presente, a cerimónia da apresentação pública deste livro, a ter lugar na Igreja de Frieira, inserida num interessante programa festivo, em Honra de S. João, está agendada para as 15.30 horas, do próximo dia 24 do corrente mês de Junho, sábado.

Edição
3632

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