Pe. Manuel Ribeiro

Amar é guardar alguém no coração

Pudemos neste Tempo Pascal percorrer o caminho do Ressuscitado. N’Ele nos apercebemos que o amor implica, inevitavelmente, o acto de guardar, de guardar algo profundamente sagrado e de valor. Assim o disse Ele: “Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra” (Jo 14, 23-24a).


“É tão só estar só no fim1”

A vida é mesmo uma ‘caixinha’ de surpresas! Deus, na sua infinita bondade e misericórdia, consegue sempre surpreender-nos. No Domingo da Misericórdia (II Domingo do Tempo Pascal, Ano C), antes da celebração da Santa Missa numa das minhas (muitas) comunidades vinha a escutar a música “Se houver um anjo da guarda” do Pedro Abrunhosa (do Álbum ‘Longe’, ano de 2009). Ficou-me na retina e na memória a forte e intensa expressão “é tão só estar só no fim”.


A lição do postigo

Talvez poucos de nós estarão habituados ao papel ou ao significado dos postigos. Estes integram as portas de todas as (nossas) antigas habitações. Felizmente, ainda podemos ver esta modalidade em muitas das antigas casas ou em casas que se encontrem em ruínas. Nelas – as portas – encontramos duas aberturas: a parte de cima da porta com o postigo (isto é, um abertura e forma de janela) e a porta propriamente dita. A abertura do postigo apenas deixa revelar a parte superior do peito e rosto, deixando ao critério do dono da casa a abertura da porta àquele a quem autenticamente confia.


Das fraquezas, a força: o itinerário pedagógico divino

A Palavra de Deus lança-nos perante o sofrimento e a dor do homem. A equação da vida faz-nos, inevitavelmente, reflectir sobre o sofrimento, sobre a dor, sobre o abandono, sobre o descredito, sobre a amargura e o desgosto da vida e do acto de viver. São tantos os ‘porquês’ que colocamos ... tantas perguntas que ficam – aparentemente – sem resposta. Na verdade, quando eu coloco estes ‘porquês’ eu já estou a rezar. Sim, a rezar.


Qual é a voz que te levanta?

O tempo presente tem evidenciado diversos sinais de uma mudança em curso. Os paradigmas e vectores existenciais estão em reformulação. Sentimos que algo de novo está para vir. É certo que não o sabemos com a precisão de que gostaríamos, mas sabemos que algo de novo virá. O ‘como’ e a ‘forma’ deste processo é algo que teremos que aguardar.


Uma palavra e uma promessa que converte

Neste mês tão belo, tocado pelas quentes cores outonais e marcado por uma espiritualidade de grata memória por todos aqueles que nos precederam e nos antecederam na fé e nos fizeram quem nós somos, onde as lareiras nos juntam e nos congregam e onde os Seminários voltam à nossa oração e ao nosso coração, colectiva e emocionalmente, a reflexão sobre a vocação, sobre o nosso propósito e sobre o nosso sentido existencial.


“Tu és o que sabes?”

Pergunta difícil! “Tu és o que sabes?” foi uma interpelação que pude escutar recentemente a um teólogo num vídeo online. Esta questão é de todo importante. Diria mesmo, essencial. Desde logo porque interpela-nos a perceber se a minha essência e a minha identidade se reflecte e se identifica no que real e verdadeiramente sei e conheço.


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