Bragança

Os 270 fogos sociais da câmara estão lotados e fazem falta mais

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2014-10-16 09:14

 
Há dois anos e meio que Ana Martins esperava por uma das casas de habitação social da câmara de Bragança, com renda mais baixa do que no mercado livre. Aos 25 anos, desempregada, sozinha, com três filhos, entre os 2 e os 8 anos, doente com uma depressão e com poucos apoios, Ana ansiava porque o seu caso fosse contemplado. A chave de um apartamento T3 foi-lhe entregue na passada quarta-feira, 8, pelo presidente da câmara, Hernâni Dias.
Este pode ser o principio do fim de alguns dos seus problemas. Vai ficar a pagar 4,19 euros. Até agora pagava uma renda de 150 euros, “um grande encargo mensal para quem não tem rendimentos”, contou. Esta renda era difícil de suportar. Ao ver a chave a felicidade era grande, a resignação também. “Até nem esperei muito pela casa, há quem espere mais. Mas estávamos mesmo a precisar”, explicou.
De facto há quem tivesse esperado muito mais. Ana Santos estava inscrita há 8 anos. A esperança já estava a esmorecer pois a oportunidade nunca mais chegava. Ao longo deste tempo foi vendo outros ficarem com as casas e ela à espera. Trata-se de um agregado de 6 pessoas que teve direito a um T4. “Pagava 300 euros de renda agora vou pagar cerca de 50 euros. Era muito difícil pagar uma renda tão elevada porque o meu marido não tem emprego fixo e nem sempre tem jeiras”, referiu. Receber a chave “foi como sair a sorte grande”, sintetizou. 

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