Henrique Ferreira

Professor

A ilusão da liberdade

Em Portugal, o dia 25 de Abril tem, desde 1974, e para pelo menos dois terços dos portugueses e das portuguesas, um significado especial: é o dia em que recuperámos a liberdade. Que palavra é essa que, afinal, tanto é usada em sociedades autoritárias como em sociedades democráticas? É uma palavra metafórica, que pode ser ressemantizada, isto é, ter outros significados, conforme os contextos, conforme a história das pessoas e das sociedades e conforme a vontade e consciência de quem a usa? Claro que sim.


Tão bons mas tão maltratados!

Apesar de ter vindo sempre a melhorar; apesar de muitas avaliações institucionais externas das nossas instituições de ensino superior (IES) colocarem dois institutos politécnicos portugueses (IP), um deles o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), acima de dois terços das universidades portuguesas (UP), os IP ainda continuam a ser vistos pelas nossos dirigentes políticos (DP) e população em geral (PG) como instituições de segunda e os professores dos politécnicos (PP) veem direitos fundamentais ser-lhes negados, tanto pelo Estado como pelos colegas das universidades.


A requalificação desqualificante

Serena viu o seu nome nas listas publicadas pelo Instituto da Segurança Social, na semana passada, anunciando as últimas das 630 pessoas que vão para a «Requalificação». Ainda lhe tremem as pernas. Única dos dois cônjuges com vencimento e dois filhos a estudar, Serena, de 42 anos e Educadora de Infância da Segurança Social, ainda não consegue olhar para o futuro. Ouve dizer que tem de emigrar mas ainda não sabe nem para onde nem como. Sabe é que o dinheiro não vai chegar para sustentar a família.


A beleza de Ana e a calçada do Castelo

Estava uma tarde de sol primaveril. Ana (nome fictício) resolveu homenagear a Primavera vestindo-se de roupas elegantes e curtas expondo o seu corpo harmoniosamente torneado aos olhares que a natureza dotou de energia para perpetuar a vida. Ana passava e os olhos dos possíveis faunos seguiam-na, divididos entre a contemplação estética e a força de Eros e de Vénus, enquanto outras deusas da feminilidade revelavam olhares de ciúme face ao esplendor de Ana.


Carta aos islamistas

Caros muçulmanos, crentes em Alá e no Profeta Maomé, seu revelador.
Alguns líderes de opinião e alguns movimentos ditos islâmicos querem restaurar a guerra que durante séculos (Séculos VI a XIX), a civilização cristã e a civilização islâmica travaram em nome do Deus Cristão e do Deus Islamista, Alá. Também entre os cristãos houve, durante mais de um Século (1550-1688), guerras sangrentas porque Cristãos Católicos e Cristãos Evangélicos se julgavam possuidores da verdade absoluta e com ela queriam construir o respectivo modelo de sociedade.


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