Agora só falta que o que parece também seja
Quando, há pouco mais de um mês, a 16 de setembro, na Casa de Santa Marta, o Papa Francisco celebrou a missa matutina após a pausa de verão, rezou pelos governantes.
Quando, há pouco mais de um mês, a 16 de setembro, na Casa de Santa Marta, o Papa Francisco celebrou a missa matutina após a pausa de verão, rezou pelos governantes.
“Uma presença serena.” Foi assim que D. José Cordeiro se referiu ao Cón. Abílio Augusto Miguel, que nos deixou no final da semana passada, aos 94 anos.
Quem teve o privilégio de lidar com o Cón. Abílio sabe o extraordinário ser humano e a “presença serena” que era.
Apontado por muitos como “um exemplo”, foi ordenado sacerdote por D. Abílio Vaz das Neves, seu tio e fundador do jornal diocesano Mensageiro de Bragança, que o Cón. Abílio Miguel viria a dirigir durante mais de 23 anos, num dos períodos talvez mais profícuos do jornal.
Muita gente vai olhando para o progressivo aumento da idade da reforma com o olhar perdido no horizonte, com a nostalgia do tempo que passa mas não corre. O factor de sustentabilidade vai adiando, adiando, e a hora da reforma nunca mais chega. Até que o corpo, que tem o seu próprio relógio, dá de si antes da hora que os outros impuseram... A que tarda em chegar.
Há de ser mais ou menos isto que pensaria o nosso sistema eleitoral se fosse um funcionário.
Há um ano, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agitava as águas, lançando publicamente o debate sobre o financiamento da Comunicação Social. Durante estes 12 meses, alguns enfiaram a cabeça na areia, outros a viola no saco, enquanto o estado da Comunicação Social ficou mais perto do comatoso. Entretanto, alguns dos maiores grupos nacionais que operam nesta atividade, começaram a dar sinais de ruir. E, com eles, as fundações da democracia.
A meio da semana passada, a notícia caiu em Vimioso que nem uma bomba. Um despacho conjunto dos Ministérios da Administração Interna e da Agricultura proibia, entre outras coisas, fogo de artifício em festas, utilização de máquinas em atividades agrícolas ou a circulação e permanência em caminhos florestais e rurais.
Numa notícia da Agência Ecclésia do início desta semana lê-se que o Papa assina o prefácio de uma nova obra dedicada aos Movimentos Populares, editada pelo Vaticano, e que congrega cinco anos de acompanhamento ao trabalho que é realizado por milhares de associações sociais e cívicas em todo o mundo.
Não é nenhum slogan publicitário de um qualquer anúncio de turismo. Uma notícia recente do jornal Expresso dava conta de que o “preço das casas na cidade empurra procura para aldeias do interior”.
O fenómeno começa a alastrar-se ao interior profundo, não se limitando às grandes áreas metropolitanas. Em distritos como Guarda, Viseu ou Castelo Branco, o fenómeno é cada vez mais frequente. Mas no distrito de Bragança também.
O distrito de Bragança, cujo território corresponde ao da diocese de Bragança-Miranda, tinha, em 2017, de acordo com o estudo sobre “A Importância Económica e Social das IPSS em Portugal”, encomendado pela Confederação das Instituições de Solidariedade (CNIS), 124 IPSS ativas, de vários âmbitos. Cerca de 80 são IPSS Canónicas.
As IPSS são Instituições Particulares de Solidariedade Social. Prestam à sociedade diversos serviços no cuidar, da infância à idade sénior, a pobres e a ricos, a quem necessita.
A menos de três meses das eleições legislativas, os partidos começam a divulgar os cabeças de lista pelo distrito. Se na CDU, sem surpresa, o candidato vem de fora (tem sido essa a nota dominante), o Aliança aposta na prata da casa, com Carlos Silvestre, que já integrou a lista às Europeias.