Bragança

Câmara insiste na necessidade de um aeroporto regional

Publicado por AGR/GL em Qui, 2019-04-18 15:58

A Câmara de Bragança mantém a luta para a elevação do aeródromo municipal a aeroporto regional.

A poucos dias da discussão do Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território de Portugal (PNPOT) do Governo, o presidente do município transmontano, Hernâni Dias, voltou à carga com esta questão, até porque o tema é consensual na Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM), com os restantes autarcas da região.

“A transformação do aeródromo municipal em aeroporto regional passou a ser uma reivindicação da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes por ser estruturante e estratégico para o desenvolvimento da região, numa altura em que o transporte aéreo está a crescer, com a necessidade de formação de pilotos num curto espaço de tempo”, referiu ao Mensageiro o presidente da câmara, Hernâni Dias.

O Plano Nacional de Investimentos 2030 vai voltar à Assembleia da República em breve e o autarca quer “fazer mais uma insistência” junto do Governo por forma a reforçar a importância de um aeroporto em Bragança como alternativa ao aeroporto Sá Carneiro, localizado no Porto. “Numa perspetiva de desenvolvimento integrado de toda a região. Temos dinâmicas turísticas importantes e o aeroporto em Bragança seria mais uma alavanca ao desenvolvimento da região, porque pode ser um grande incentivo para o desenvolvimento económico”, sustentou o autarca brigantino.

Por outro lado, deixou antever mais investimento na região. “Há uma grande cadeia de mercado espanhol que se está a instalar em Portugal e será um fator para haver mais gente e nós temos que ter condições para a mobilidade para a zona de Léon, que se está a afirmar com um grande centro logístico”, sublinhou.
Segundo apurou o Mensageiro, trata-se da cadeia Mercadona, que também procura locais para se instalar em Bragança.

O PNPOT será o documento orientador de toda a estratégia do desenvolvimento territorial para os próximos anos, “mas a região de Bragança foi excluída”, sublinhou o autarca. As acessibilidades de proximidade dos centros urbanos a territórios mais carenciados e as regiões transfronteiriças ficaram fora da estratégia. “As populações do interior ficaram de fora, e acentua-se, assim, e cada vez mais, as diferenças entre o litoral e o interior. Arriscamo-nos a que em 2030 o país se reduza a uma língua de terra costeira e o resto será definitiva e literalmente paisagem”.

“Serão precisas mais décadas para que estes projetos estruturantes vejam a luz do dia”, afirma Hernâni Dias.

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