A opinião de ...

Guerra Hamas-Israel, a selvajaria humana no seu pior

Nota prévia: Porque o direito à vida é sagrado e inalienável, nada justifica a perda de uma vida humana e nunca poderá haver perdão para o assassinato indiscriminado de crianças, mulheres e idosos, direito que, pela maneira leviana, oportunista e desonesta como é invocado nesta guerra, é das mais vis e reprováveis manobras de hipocrisia política da história da humanidade.
Se, como diz o nosso povo, para dançar o tango tem de haver sempre dois dançadores, com redobrada razão se pode dizer também que, para haver uma guerra, um litígio entre vizinhos ou um vulgar arrufo entre casais, é condição, sine qua non, que haja dois ou mais contendores.
Estranhamente, ou talvez não, no que à atual guerra do Médio Oriente diz respeito, é miserável a má fé de muita comunicação social e de certas correntes de opinião, de quadrantes bem identificados, com que descaradamente, como que tentando fazer a quadratura do circo, para ilibar de responsabilidade os anjinhos do Hamas, estão a tentar vender a ideia de que esta guerra é da responsabilidade dos israelitas. Nada mais errado.
Mesmo dando-lhes de barato que não conheçam a história de Israel dos últimos quatro milénios, que lhe dá todo o direito de existir como uma nação independente e soberana, é estranho que, passados dois meses, já não se lembrem do requinte de malvadez do trágico dia sete de outubro e da trégua humanitária aceite por Israel e desrespeitada pelo Amas, para exigir de Israel outra trégua humanitária sem ter qualquer garantia da parte do Hamas de que, daqui para a frente, irá utilizar os túneis subterrâneos como os escuteiros utilizam as sua tendas de lona nas atividades de campo nos fim de semana.
Passados mais de dois meses de guerra sem que se divise qualquer hipótese de entendimento, porque foi o Hamas quem a desencadeou, não há como negar que é dele toda a responsabilidade pelos danos causados a terceiros, bem como a obrigação de dar todos os passos que conduzam a uma paz justa e duradoira.
Nestas condições, é tão cínico e desonesto culpar só os israelitas pela vaga assustadora de mortos e de feridos, como mais tarde exigir dele e da comunidade mundial que assumam todas as outras consequências.
E, porque pedir não custa, imputar-lhe também a responsabilidade pela reconstrução integral do património destruído e das infraestruturas inutilizadas, incluindo os túneis rebentados para desalojar os terroristas e, aproveitando a oportunidade, que todos sejam dotados com ar condicionado, energia verde, pistas de automóveis, linhas de Metro, internet 7G, fábricas de cerveja, salas de espetáculos, haréns, restaurantes com cascatas de chocolate derretido, piscinas aquecidas e rios onde corra com abundância leite e mel para todos.

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