José Mário Leite

Inteligência Artificial (Ainda e de novo)

Enquanto começo este texto a televisão anuncia um produto inovador por recorrer à inteligência artificial (AI). Habituado, desde há já vários anos, a conviver com investigadores e médicos que promovem, desenvolvem e usam esta ferramenta tecnológica tenho bem a noção das enormíssimas capacidades e benefícios associados a esta tecnologia. A prática da medicina e a investigação biomédica são duas áreas onde os avanços e as melhorias estão a ser fortemente impulsionados pela AI.


Sem dó nem piedade

Obviamente que pode acontecer a qualquer um, ter um dia menos bom, uma frase desastrada, uma tirada infeliz, uma ação menos conseguida. Porém, quando se ocupa um lugar com responsabilidades, quando se fala em nome de um grupo eleitor maioritário, um partido com fundadas tradições democráticas e humanísticas e, sobretudo, empossado de poder efetivo e mediático (que, no tempo presente, não é de somenos) será avisado não dizer tudo quanto se pensa e, em complemento, pensar bem tudo quanto se diz.


O primado subalterno

Apelar e reclamar o primado da Lei é quase um lugar comum entre a classe política… sobretudo quando tal lhe convém. “À política o que é da política, à justiça o que é da justiça” reclamam com frequência embora nem sempre se coibam de, criteriosamente usarem uma e outra para se influenciarem se não, mesmo, condicionarem. Porém, em qualquer dos casos, é normal haver um certo recato, muitas vezes manobras na sombra e, não raro, entregar a figuras subalternas a responsabilidade de atuarem em nome de outrem, o interessado.


Pedra pomes, tijolos e uma princesa oriental

Um texto inspirado de Manuel Cardoso, na última edição deste nosso jornal fez-me regressar a um tema já aqui abordado: a passagem de um milénio sobre a chegada de Joana Ardzrouni a Castro de Avelãs, vinda do longínquo reino arménia da Vaspuracânia. O cronista de Macedo de Cavaleiros aventa a hipótese, bem plausível, de terem vindo, na bagagem da faustosa comitiva, algumas cepas que ainda hoje estariam a ser cultivadas nas encostas de Bragança.


O PIDE em fuga

Provavelmente por causa do cinquentenário, quiçá porque ameaças que nessa altura julgávamos estarem definitivamente arredadas e sem caminho de retorno, o certo é que nestes tempos mais próximos tenho regressado, de forma recorrente a Bragança de há cinquenta anos, invariavelmente à Praça da Sé, com paragem obrigatória no Chave D’Ouro, no Flórida e no Cruzeiro, com passagens episódicas pelo Poças e Moderno.


L MIRANDÉS

ercebi a importância do assunto na forma como a secretária da Presidente da Fundação Champalimaud me comunicou que a Dr.ª Leonor Beleza queria falar comigo no dia seguinte, mas apesar de querer que eu fosse ao seu gabinete, logo de manhã, não era urgente pois, ao contrário de outras ocasiões, não quis adiantar nada ao telefone – tinha de ser pessoalmente. A ser recebido no seu gabinete, antes de qualquer outra tarefa da sua exigente e preenchida agenda entendi os “misteriosos” contornos desta inédita convocatória:


O benefício do infrator

Na edição 3845 de 12 de agosto de 2021, deste mesmo jornal, Mensageiro de Bragança, pouco tempo antes das eleições autárquicas desse ano, dei notícia de um fragmento de conversa tida, alguns dias antes, com um dos apoiantes do presidente e recandidato à Presidência da Câmara de Moncorvo. Assegurava o meu interlocutor que um dos vetores para a reeleição passava pelo preenchimento de doze vagas no quadro de pessoal do município. Perante a minha estranheza assegurou-me que, não só, era o que todos faziam, como, era sabido, resultava.


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