Abílio Lousada

3. Da Guerra à constituição do MFA e conspirações contra o regime!

Ultrapassado o «vendaval» Humberto Delgado de 1958, o início da guerra em África reforçou os laços entre o Poder Político e as Forças Armadas. Porém, a partir de 1968 a substituição de Salazar por Marcello Caetano, o desgaste pela continuidade do conflito e as crescentes exigências de recurso militares alterou o contexto. Obrigados a uma comissão de dois anos, o moral dos soldados diminuiu com os atrasos nas rendições.


2. Revolta Militar de 25 de Abril de 1974. Guerra de África 1961-1975!

Da NATO para o mato, em 1960 o Estado Novo assumiu a inevitabilidade de conflitos nos domínios africanos, assumindo estar em causa a integridade do território e a preservação do regime. A guerra irrompeu a 15 de março de 1961, quando as hordas da UPA de Holden Roberto acometeram as fazendas no Norte de Angola e chacinaram milhares de brancos e negros.


Revolta Militar de 25 de Abril de 1974

1. Orientação Estratégica do Estado Novo
No cinquentenário do 25 de abril de 1974 e da transição da II República (Estado Novo) para a III (Democracia), propomo-nos abordar quinzenalmente o 25 de abril de 1974 através dos seguintes temas: 1. Orientação Estratégica do Estado Novo; 2. A Guerra de África 1961-1975; 3. O MFA e as conspirações contra o regime; 4. O Golpe das Caldas de 16 de março de 1974; 5. e 6. Operações militares a 25 de abril de 1974; 7. Bragança no 25 de abril; 8. Dias seguintes sob brasa.


Palestina – Partilha Armadilhada!

Em artigo anterior, percebemos como o Reino Unido (RU) frustrou no pós I Guerra Mundial a aspiração Judaico-Árabe de criação de uma pátria conjunta na Palestina, assumindo a tutela do território sob mandato da Sociedade das Nações (precursora da ONU). Mandato destinado a promover um «lar nacional judaico» sem ignorar os direitos do povo árabe. Na verdade, o RU preocupou-se sobretudo em preservar os interesses próprios imperiais-comerciais, suscitando a hostilidade dos dois povos, acicatando a rivalidade entre eles! Terra prometida, Terra traída!


Palestina Judaico-Árabe: Terra Prometida, Terra Traída!

A 7 de outubro de 2023, o grupo terrorista Hamas, responsável eleito pela governação da Faixa de Gaza, lançou um ataque sem precedentes em território de Israel e chacinou, com requintes de selvajaria, cerca de 1400 pessoas e cativaram perto de 250 reféns. Seres humanos de cerca de 20 nacionalidades, sobretudo israelitas judeus e árabes, homens e mulheres, crianças, jovens e idosos. Os ataques incidiram nas localidades de Sderot, Beeri, Reim, Ofakim e Magen, acometendo os Kibutz, um concerto musical e arruamentos.


Santo Hilarião de Gaza – Pai do Monaquismo Palestino!

Num tempo em que a Terra de Israel era a Palestina e fazia parte da província romana Arabia Petraea (Província da Arábia); num tempo em que ser palestino significava pertença civilizacional herdada dos Fenícios, Israelitas, Jordanos, Libaneses, Sírios, Egípcios e até Romanos e Gregos; num tempo em que os maometanos ainda não tinham transformado o palestino em árabe e muçulmano; num tempo em que Terra era um pouco mais Santa e menos Sangrenta.


Carlinhos da Sé e do Bairro São João de Deus! II

Não havia ninguém que não conhecesse aquela figura patusca feita homem de média estatura e corpo magro, cabelo à escovinha e barba mal escanhoada, com esguio bigodito a espreitar pelos cantos da boca. Tinha uma cara de franzina inocência, um olhar de malandreco, uma voz sibilina e uma língua afiada. Estivesse chuva, frio, vento ou sol, os paramentos eram incontornáveis: socos feitos no «Feijão Sapateiro», onde enfiava os pés envoltos em dois ou três pares de meias, umas calças gastas e justas, um casaco preto coçado, por cima da camisa desbotoada e de uma camisola de lã.


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