A opinião de ...

Matematicamente pensando: Emprego

Nas sociedades atuais o emprego ou a sua falta determinam o modo de viver das pessoas, considerando que tem emprego quem tem uma ocupação remunerada, com remuneração igual ou superior ao ordenado mínimo definido por cada país, onde essa lei exista. Neste sentido estar empregado deve implicar ter condições económicas para pode viver sem sobressaltos e com dignidade as várias dimensões da vida. 

 

Assistimos em vários países à escassez de emprego o que condiciona taxas assustadoras de desemprego. Esta situação angustia qualquer cidadão que acredite que a sociedade deve viver em harmonia e com condições de bem-estar para todos os seus membros.

 

O pior que pode acontecer a qualquer pessoa, da população ativa, é estar desempregada e sem esperança de mudar a sua situação. É fundamental não perder a esperança, pois quem não acredite que a sua situação pode mudar, não muda mesmo, atendendo que ao assumir-se uma posição estática perante a vida quebra-se o dinamismo e a força para lutar por dias melhores.

 

Concordo plenamente que cada país e cada Governo em particular criem condições para que exista pleno emprego, tanto para os jovens, como para os outros que são jovens há mais tempo. Todos sabemos que existe uma grande distância entre o que se pode sonhar e o que se consegue. E um facto indesmentível é que o desemprego existe e em muitos países não tem solução à vista.

 

Devemos começar a cultivar esperança nos jovens e não estar permanentemente a lembrar-lhes que não têm futuro. O futuro existe e, muitas vezes, melhor do que o idealizado.

 

Estamos num mundo global em que cada um é cidadão do mundo. Mas ser cidadão do mundo consiste em viver essa cidadania de uma forma efetiva. Assim, não tem sentido o conjunto de lamúrias que acompanham cada jovem quando procura e consegue emprego noutro país diferente do seu, é bom cultivar a ideia que o conhecer um outro país no início de uma carreira pode ser mau.

 

As fronteiras entre os países são cada vez menos vincadas e a distância entre duas localidades, neste mundo global, depende mais do dinheiro que se gasta na viagem do que dos quilómetros que as separa. Nesta perspetiva faço eco de informações do jornal Expresso – Emprego (20/10/12) no qual se afirma “Durante dois dias, Lisboa acolhe os Dias Europeus do Emprego. A iniciativa contará com mais de 40 empresas que querem recrutar em Portugal os melhores talentos. Há cerca de mil vagas, em várias áreas e países, para preencher”.

 

O mesmo jornal referencia, ainda, quais são os países com necessidade de mão obra, especificando as necessidades de cada um deles. Os países salientados são: Reino Unido, Alemanha, França, Áustria, Polónia, Suécia, República Checa, Dinamarca, Países Baixos e Finlândia.

 

Se um português vai trabalhar de Bragança para Zamora é um emigrante com todo o peso negativo que atualmente se lhe atribui, mas se for trabalhar para o Algarve exercer a mesma atividade e, muitas vezes, com vencimento inferior é um emprego nacional. Em qual dos locais se sentirá mais próximo dos seus e do local de origem? O raciocínio aplica-se se compararmos o ir trabalhar para locais no estrangeiro ou para os Açores ou Madeira.

 

Portugal tem de criar condições para que os jovens não necessitem de emigrar. Não se devem incentivar os jovens a emigrar, desde que no país existam condições par que possam responder às suas necessidade e aspirações. Caso contrário que procurem a realização a que têm direito em qualquer local no mundo.


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