Bragança

Iniciativa Liberal apresenta candidato à Câmara pela primeira vez

Publicado por António G. Rodrigues em Qui, 07/31/2025 - 12:05

Nuno Fernandes, consultor de empresas, é o primeiro candidato que a Iniciativa Liberal apresenta à Câmara de Bragança na sua história. O momento mereceu mesmo a presença da líder do partido, Mariana Leitão, no passado sábado, em Bragança.

A apresentação das candidaturas de Nuno Fernandes à Câmara, Teresa Aguiar (consultora de informática) encabeça a lista à Assembleia Municipal e Fernando Leal (contabilista) à União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo, de Bragança. 

A apresentação pública das candidaturas decorreu no castelo e marca o arranca da caminhada autárquica da IL, que pretende eleger vereadores e deputados.

“Vamos ter uma muito maior implantação no país ao nível das candidaturas autárquicas. Aqui em Bragança é a primeira vez que vamos ter uma candidatura autárquica. Vamos diversificar, ter uma maior abrangência territorial. Queremos eleger, um pouco por todo o país, deputados nas assembleias de freguesia e assembleias municipais e vereadores. O nosso objetivo é crescer, ter mais eleitos e ter uma maior implantação territorial, algo que não tenho dúvida que vai acontecer”, frisou Mariana Leitão.

Já Nuno Fernandes declarou que se candidata contra o medo e em nome dos seus pais.

“Sou brigantino, nascido e criado, e estou aqui como a voz de todos os que, como eu, não são políticos profissionais. 
Estou aqui por aqueles que estão fartos de promessas ocas, de políticos que só aparecem de quatro em quatro anos ou em enterros, a distribuir beijinhos e “passa bens”.  Sou o filho do Tito da fruta e da Cândida do supermercado da Rua Direita. Com o meu pai, aprendi o peso de uma caixa de fruta e as horas que demora a carregar um camião. Com a minha mãe, aprendi que o peso de um chinelo não tem nada a ver com os quilos que ele tem! 

“O objetivo desta candidatura é abanar as águas das candidaturas autárquicas, não estarmos limitados a uma escolha entre partidos que têm mais de 50 anos, cheios de vícios, de políticos profissionais, com falta de visão para o futuro da cidade e do concelho. Acreditamos que aqueles que trabalhamos na parte privada temos de dar um contributo para a nossa região e não podemos estar limitados a dois partidos cheios de vícios e a políticos que, para além da política, pouco mais fizeram na vida. Portanto, as iniciativas de todos os cidadãos que se queiram juntar a nós e que queiram fazer diferente, são sempre bem vindos”, disse.

“Manobras” dificultam listas nas aldeias

Para além da União das freguesias da cidade, a IL tenta ultimar listas noutras freguesias mas acusa os partidos do arco do poder de “manobras” para impedir mais candidaturas. “Há muitos vícios instalados, a política autárquica não é a mais clara nem a mais limpa. Tínhamos mais algumas listas feitas mas houve movimentações dos partidos habituais que nos impediram de nos apresentar mais juntas. Vamos continuar a tentar. Para já, temos a União de Freguesias, a Câmara e a Assembleia”, frisou.

Quanto às prioridades, aponta três. “Pretendemos reformular todo o município. Tem sido gerido à vista. Pretendemos implementar um seguro de saúde municipal para proteger todos aqueles que têm menos proteção por parte dos sistemas que existem, para que também esses possam ser protegidos.

Esse seguro municipal será assegurado pelo município inicialmente, todos são bem vindos a juntar-se. Obviamente que quantos mais se juntarem, melhores serviços ele terá”, começou por explicar.

Nuno Fernandes juntou ainda “mais duas iniciativas bandeira, como um planeamento urbanístico a 25 anos”. “A cidade tem de ser pensada por quem sabe, não por um engenheiro que está momentaneamente na Câmara ou por um professor que está momentaneamente na Câmara. Deve ser pensada por gente que pensa cidades. Para isso devemos abrir um concurso internacional para que, em conjunto com os arquitetos e os engenheiros da cidade, possam desenvolver um plano para ver para onde a cidade deve crescer, como deve crescer, onde devem ser as zonas industriais, como deve ser a circulação dentro da cidade, para as aldeias, de forma a que fique um plano da forma como deve ser a cidade de futuro e pensada por gente que percebe do planeamento de cidades”.

Finalmente, propõe “a reformulação do centro”. “Acreditamos que os mercados municipais são uma mais valia fantástica para o turismo, temos vários hotéis a instalarem-se na cidade e ainda ninguém pensou como vai ser a circulação com esses hotéis instalados no centro da cidade e a quantidade de carros que esses hotéis vão despejar, ninguém pensou na animação que é preciso desenvolver para os turistas que vêm para a cidade. Ninguém pensou em atividades no resto do ano. Os nossos pequenos hoteleiros queixam-se que os períodos de inverno são completamente mortos. Precisamos de desenvolver plano para trazer mais turistas de uma forma sustentada e para isso temos de desenvolver um mercado municipal junto ao jardim, que ligue com a Praça Camões, recuperando o rio, abrindo o rio à população e transformando toda essa zona para vivermos e termos uma zona de convívio para as pessoas aproveitarem o seu rio”, concluiu.

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