A opinião de ...

A relevância dos líderes

O termo “líder”, no campo da política, originalmente proveniente da língua inglesa, de forma ampla e geral, é usado para descrever a pessoa que guia, conduz ou dirige um grupo.
Neste sentido, poder-se-á referir que é precisamente nos momentos difíceis, de injustiça, de acontecimentos trágicos e desafios que superam a normal força humana, que se veem os verdadeiros líderes, porque capazes de dar um sentido e uma esperança.
Liderar, então, não é para qualquer um!
Assim colocado o assunto, será justo referir que o atual Presidente da Ucrânia, Nicolay Zelinsky, tem-se revelado um autêntico líder, ensinando(-nos) algumas boas lições.
Desde logo, entre outras, a coragem de enfrentar a complexidade da situação, liderando o povo ucraniano, evidenciando coragem, tenacidade, responsabilidade, sentido do dever, facilidade e eficácia de comunicação, objetividade, contundência, inteligência e sobretudo ética, quer no que se lhe ouve dizer quer nos comportamentos que evidencia.
Pode dizer-se, em abono da verdade, que outros responsáveis políticos, principalmente do nosso velho continente europeu, de países com outro lastro e responsabilidade histórica na edificação da democracia, na defesa da autodeterminação e da soberania territorial dos diferentes povos e nações, não tem correspondido cabalmente ao que deles se lhes esperava, neste momento de guerra declarado unilateralmente pela Rússia, pela sua cedência à hipocrisia, ao cinismo político e ao descarte e subjugação de valores e princípios à economia do lucro e a outros interesses.
Ainda vão a tempo de emendar a mão!
Se muitos deles faziam humor com o presidente ucraniano por ser comediante, poder-se-á dizer que tomara muitos não nos fazerem chorar pelas suas opções e decisões infelizes as quais não deixarão de ficar na História e serem devidamente ajuizadas.
A ação de Putin, uma ameaça à democracia e à paz em todo mundo, que tem cavalgado o autoritarismo, a re-escrita falsa da História, o enfraquecimento lento, paulatino e constante de instituições críticas como os tribunais e a imprensa do seu país, para além da imposição da mordaça na opinião pública contrária às suas posições ( constate-se o número de mais de 6 mil presos pelas manifestações de oposição), etc, também ficará na História, mas na página dos loucos e psicopatas do poder autocrático.
Pode ser que com esta guerra tenha obtido o contrário daquilo que pretendia, isto é, o empobrecimento e o isolamento do seu país, a revitalização da NATO, o fortalecimento da União Europeia, o desenvolvimento da identidade ucraniana, o afastamento maior inclusive dos países postsovieticos, o fim da neutralidade sueca, o pacifismo alemão (que vai proceder ao ser rearmamento com mais de mil milhões de euros), entre outros, e, por fim, bastante interessante, o reconhecimento do seu inimigo Zelinsky como herói mundial.
Se não fosse trágico poder-se-lhe ia agradecer mas o mais importante é que acabe urgentemente a guerra.
Ah, e não esquecer o combate que deve ser efetuado a outras ditaduras e d

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