Bem-vindo 2023
Ano Novo, Vida Nova! Ou talvez os velhos hábitos se mantenham por entre balanços e expectativas. Na Distrital, o SC Mirandela segue líder isolado e invicto (33 pts), perseguido por GD Torre de Moncorvo (28 pts), ADC Rebordelo (23 pts) e Minas de Argozelo (22 pts).
Na Distrital de juniores, a liderança pertence ao GD Bragança (15 pts), secundado de S. Pedro de Vale Conde (9 pts) e EF Crescer (8 pts). A primeira jornada do ano de 2023 abre com um entusiasmante dérbi brigantino no Campo de Santa Apolónia entre GD Bragança e EF Crescer.
Nos juvenis, o GD Bragança (15 pts) lidera com S. Pedro de Vale Conde (12 pts) e o CA Macedo de Cavaleiros a completar o pódio (10 pts). Nos iniciados, Seixo de Manhoses (15 pts) é líder com mais um jogo que EF Crescer (12 pts) e SC Mirandela (10 pts).
Omitam-se as classificações de sub14 e infantis (Sub13), onde não se disputa o acesso às competições nacionais, mas apenas a sustentabilidade das bases do futebol brigantino que andam no "sobe e desce" que merece discussões mais aprofundadas do que somente sobre a competência de quem mostra a face.
No futsal, GD Torre Dona Chama (17 pts) lidera a Distrital sénior, a pouca distância de ACDR Ala (14 pts), CD Miranda do Douro (14 pts) e GD Sendim (13 pts). Há muito que se discute a pertinência e viabilidade do futsal nas zonas de baixa densidade populacional e esta atual classificação parece prová-lo.
Na formação, a tendência não se mantém com o Arnaldo Pereira/Habinordeste a liderar a distrital de iniciados e juniores, enquanto GD Macedense lidera a distrital de juvenis. Estas lideranças confirmam a centralização da prática desportiva juvenil nos centros urbanos e uma dificuldade antiga associada ao reduzido número de equipas a partir do escalão de juvenis.
Ambos os problemas são extensíveis ao futebol, pelo que a solução a curto prazo tem estado na alternância das competições juvenis-juniores e nas futuras alterações regulamentares ao delineamento dos escalões de formação.
Outra solução a médio-longo prazo poderá ser a constituição de interdistritais, onde as equipas filiadas de diferentes associações distritais e regionais (ADR) competem entre si.
No feminino, a participação das Pioneiras de Bragança no Campeonato Interdistrital Vila Real/Bragança 2022/23 assume-se um importante passo nesse sentido. Não só porque é melhor ter do que não ter, mas também porque se desmascaram diferenças competitivas inequívocas. A solução poderá ser extensível a outros distritos (Viseu e Guarda), com similaridade nos seus quadros competitivos e na sua demografia, sendo que a proximidade geográfica diluiu-se quando o assunto são competições regulares. De qualquer modo, prossigamos com velhos hábitos e centremo-nos apenas no acesso aos Nacionais,
certamente muito mais viáveis que os interdistritais, tão bem-vindo 2023.