Carlos Fernandes

Tinha de ser...

Há muitos portugueses a perguntar quais as razões, objectivas, que levaram as 2 centrais sindicais a convocarem a greve geral.
Mas, de facto, há muitas razões para esta greve geral.
Vejamos algumas.
Os rendimentos dos portugueses, em 2025, aumentaram em relação aos rendimentos de 2024.
Por isso, em 2025, os portugueses tiveram mais dinheiro, no bolso, do que em 2024.
Em 2024 os rendimentos dos portugueses aumentaram em relação aos de 2023.
Em 2023 ganhou as eleições legislativas a coligação PSD|CDS.


Atão in que ficamos?

(continuação na edição anterior)
Em 2013, para apoiar o candidato Júlio Meirinhos, demiti-me de militante do PSD. E essa condição mantenho-a hoje.
Sem qualquer ressentimento ou problema de consciência.
Alias, durante mais de 20 anos, fui alertando, publicamente, para os riscos que o PSD de Bragança corria se continuasse a deixar-se putinizar política e estratégicamente.
Os iluminados da ocasião apressavam-se a dizer de mim o que Maomé não disse do toucinho e continuavam a meter a cabeça debaixo da areia.


Atão in que ficamos?

Tinha assumido que não iria comentar o resultado das eleições autárquicas.
Numa cidade infestada de muitos galardoados com o Nobel do chicoespertismo, do pedantismo, da petulância, do cinismo e do oportunismo, não posso (nem devo) assobiar para o lado.
De facto, há apenas 1 vencedora e 3 derrotados nestas autárquicas: a Prof. Drª Isabel Ferreira é, sem dúvida, a grande vencedora; o PSD e o PS são 2 derrotados. O 3º deixo aos leitores a capacidade de definir e escolher.


Obrigado Dr. António Costa

Quem acompanha a vida pública e a actividade política deve fazê-lo com imparcialidade, independência e coerência.
Assim sendo elogia-se quem merece e critica-se quem não merece ser elogiado.
Nunca estive próximo política e ideologicamente do Dr António Costa. Mas tenho de tirar o chapéu ao apresentar a demissão do cargo de primeiro-ministro.


Vale da Abelheira (I)

Abril 2024
O que eu vi.
Não é uma herdade alentejana, é uma aldeia que não deixa indiferente quem vá lá.
Tem 3 casas habitadas, 8 moradores e 2 crianças.
O Estado abandonou-os totalmente. Nem sequer sabe que existe e que lá vivem criaturas de Deus.
Não tem acessos como qualquer outra aldeia. Tem um caminho de terra batida para Negreda e outro para as Falgueiras.
Não tem Igreja. Tem apenas um nicho aonde o pároco, nem cabe para se paramentar, mas aonde celebra missa.


Dá que pensar... (ou devia dar) (I)

Não escrevo para o Núncio Apostólico.
Não escrevo para o Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
Não escrevo para o Bispo da Diocese de Bragança/Miranda
Não sou candidato ao Cabido Diocesano.
Escrevo, apenas e tão só, para que todos possamos pensar qual o futuro que nos espera em função da realidade que nos rodeia.
Tenho acompanhado o Bispo da Diocese na sua visita pastoral, na Unidade Pastoral de S. Bento. Que, como sabem, engloba 65 aldeias do concelho de Bragança.


Habituem-se... (IV)

O PS esta em estado de choque. Não sabe se há–de estar contra a justiça ou não.
Não sabe se há –de estar contra o Ministério Publico que, de mansinho, foi mostrando ao povo o que todos nós temos visto. E não sabe se há-de estar contra o povo por se ter fintado no Ministério Publico.
Diz que não quer impedir a governação AD e de Montenegro. Porque não há uma «maioria de esquerda» no parlamento. Se houvesse teríamos, pois, mais uma geringonça com os derrotados de sempre. Outra bez ?...
Não vota a favor do programa de governo da AD mas, também, “nun bota contra”


Habituem-se... (III)

Estamos a iniciar um novo ciclo político depois de 8 anos com maiorias politicas e parlamentares à esquerda. 8 anos de confusões de desculpas e argumentos ideologicamente convenientes.
Entre 2015 e 2019 – 4 anos – a culpa de tudo o que estava mal era da troika de Passos Coelho e do governo anterior. Mas escondiam que quem tinha trazido essa «famigerada» troika tinha sido José Sócrates e o PS .
A maioria de esquerda – PS; PCP; BE; PAN e LIVRE- haviam sido derrotados por esse «tenebroso» Passos Coelho que havia vencido ou legislativas de 2015.


Assinaturas MDB