Autarquia reclama a criação de uma “Zona Franca” na região de fronteira no nordeste interior
O presidente da Câmara de Freixo de Espada à Cinta reclama a criação de uma “Zona Franca” no território de fronteira do nordeste interior, para possibilitar a fixação de empresas, obter benefícios fiscais e a consequente atração de pessoas, à semelhança do que acontece na ilha da Madeira.
“É altura de nós mais do que falamos do interior, praticar o interior. Se a ilha da Madeira em 1980 teve a capacidade de se tornar numa ‘Zona Franca’. E hoje, esta ilha beneficia deste estatuto. Está na altura de fixarmos a população no nosso território e criar uma Zona Franca que traga benefícios fiscais e está na altura de levar este projeto para a frente”, disse Nuno Ferreira.
O autarca socialista de Freixo de Espada à Cinta disse ainda, que se vai “desafiar” a comunidade acadêmica [Instituto Politécnico de Bragança e Universidade de Trás -os - Montes e Alto Douro] para a acompanhar todo esta pretensão de criação de uma “Zona Franca” neste território do Douro Superior.
Nuno Ferreira lançou este desafio à ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, durante a inauguração da Feira da Amendoeira em Flor, que se prolonga durante os próximos dois fins de semana.
“Lançámos este desafio à senhora ministra da Coesão Territorial, para que as empresas se possam fixar nestes territórios com benefícios fiscais próprios das zonas francas. Estamos a iniciar esta luta, e pretendemos levá-la a bom porto, e contamos que esta ideia seja bem acolhida pelo Governo e por todos os partidos políticos”, vincou o autarca.
Por seu lado, Ana Abrunhosa, classificou o pedido do autarca “como ambicioso” justificando que são regimes que existem, no que toca “a regiões ultraperiféricas”.
Esta pretensão de Freixo de Espada à Cinta, para a criação é ainda tido como “ uma real valia” para os territórios de fronteira.