Mirandela

Candidato do PSD à Junta da Torre acusa Assembleia de Freguesia de "modificar", "manipular e alterar" declarações suas numa ata

Publicado por Fernando Pires em Ter, 2022-05-10 10:34

Ronaldo Bernardo, que foi candidato do PSD à junta de freguesia de Torre de Dona Chama, no concelho de Mirandela, nas autárquicas de Setembro de 2021, e atual membro daquela Assembleia de Freguesia, denuncia que algumas das suas intervenções numa reunião daquele órgão autárquico apareceram “modificadas” na ata, garantindo que “não correspondem à verdade, que alteram o sentido das mesmas, por conterem palavras e frases que nunca foram ditas”.

Ronaldo Bernardo deixa um exemplo relacionado com a questão da prospeção mineira na freguesia: “perguntei se o presidente da junta era contra ou a favor da exploração de minério na Torre e na ata aparece como se eu tivesse dito que o candidato do PSD à Câmara de Mirandela apoiou a prospeção, o que não corresponde à verdade, nunca disse isso”, afirma.

“Pelo que me recordo, há vários meses atrás, foi o candidato do PSD e atual vereador da oposição no Município das primeiras pessoas a levantar esta questão que era, à data, desconhecida pela maioria das pessoas, sobre os contratos assinados pela câmara e a empresa de exploração mineira, pelo que não entendo esta tentativa de introduzir em ata armas de arremesso a Duarte Travanca e a tentativa de branquear as minhas intervenções”, acrescenta.

Ronaldo Bernardo vai mais longe e acredita ter sido uma prática intencional. “O nome de Duarte Travanca não foi falado naquela assembleia, pelo que, neste contexto, só pode ter sido intencional e este tipo de atos não contribuem em nada para um ambiente de cooperação essencial para que a freguesia reivindique aquilo que merece e acho que estamos perante um atentado aos valores de abril”, diz.

Confrontado sobre o assunto, o presidente da Assembleia de Freguesia de Torre de dona Chama não quis prestar declarações gravadas, mas Paulo Portelada sempre adiantou que este é um assunto para debater no local próprio, ou seja, na Assembleia de Freguesia, onde aliás, ressalva, o membro do PSD teve oportunidade de o fazer e não o fez no tempo certo, só o fazendo posteriormente ao apresentar uma reclamação a que Ronaldo Bernardo chamou de "voto de vencido".

E tal como no Município de Mirandela, os vereadores do PSD se queixaram da apresentação em cima do limite temporal para a discussão de vários assuntos, também Ronaldo Bernardo lamenta a mesma atuação na Assembleia de Freguesia de Torre de Dona Chama, deixando a críticas ao facto de ter sido disponibilizada a informação no limite regimental de 5 dias para a discussão e votação de um número avultado de documentos.

“A Assembleia reúne para Inglês ver, porque quando se tenta reduzir ao máximo a capacidade de escrutínio, facultando sempre a documentação no limite, dá a ideia que quanto menos tempo houver para os escrutínio, menos questões há, mais documentos passam e menos preocupação têm”.

A terminar um lamento: “entristece-me ter de recorrer à comunicação social para repor a verdade e apelar à consciência das pessoas que presidem os órgãos da Assembleia de freguesia e da junta de uma pequena freguesia do interior, onde todos deviam rumar para o mesmo objetivo”.

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