Diocese

D. Nuno alerta que manifestações e festas ligadas à Semana Santa e à Páscoa " não podem abafar a riqueza do mistério pascal"

Publicado por Glória Lopes em Dom, 2024-03-24 11:18

O bispo da Diocese de Bragança-Miranda presidiu esta manhã à eucaristia do Domingo de Ramos na Catedral de Bragança.

Na sua homilia, D. Nuno Almeida, destacou a importância da Paixão de Cristo e da Páscoa na Igreja Católica, mas deixou recomendações aos fiéis que encheram a catedral e que ouviram a transmissão da eucaristia através da Rádio Renascença.

"A Semana Santa, o Tríduo Pascal (Quinta, Sexta e Sábado Santo) e o Tempo da Páscoa (que se prolonga por cinquenta dias) não se celebram apenas na liturgia (sacramentos e liturgia das horas), mas também com devoções populares que podem contribuir para expressar e fomentar a fé do povo de Deus no mistério pascal. Basta pensar nas procissões e dramatizações, da Paixão, do Enterro do Senhor, na Via Sacra, na Visita Pascal e outras. Muitas destas formas de religiosidade popular são admiráveis e serviram para manter a fé do povo cristão, especialmente quando as celebrações litúrgicas se tornaram difíceis de compreender. Porém, temos de reconhecer que hoje é necessário agir com discernimento, para que não se troque o essencial pelo secundário. O que é central é a celebração do mistério pascal: a pessoa de Jesus Cristo, a prioridade da Vigília Pascal, a estreita ligação entre Quaresma-Semana Santa e as sete semanas do Tempo Pascal que se conclui com o Pentecostes", explicou o prelado.

Prosseguindo: "Se às procissões se dá mais importância do que à Vigília Pascal, se na Cruz não se contempla já o Ressuscitado, se a bênção dos Ramos, do fogo ou da água se destacam mais do que o resto da celebração, se a preparação do “folar” e da “visita pascal” valem mais do que a participação na Missa de Páscoa …, então será necessário tentar purificar e reorganizar estas manifestações que, sem lhes tirar o mérito, não podem abafar a riqueza do mistério pascal."

A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, com celebração da entrada de Jesus em Jerusalém montado num jumentinho, um símbolo da humildade. Aclamado pelo povo simples que O aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”.

Assinaturas MDB