// Nordeste Transmontano

Distrito teve mais nascimentos mas continua na cauda do país

Publicado por AGR em Qui, 2020-01-30 10:27

De acordo com os dados do teste to pezinho feito a recém-nascidos, em 2019 realizaram-se mais 33 do que em 2018. Ainda assim, pior do que Bragança só mesmo Portalegre.

 

Foram mais 5,53% mas a verdade é que foram realizados mais 33 testes do pezinho no distrito de Bragança em 2019 do que no ano anterior, o pior desde que há registos (início da década de 1980 do século passado). Grosso modo, foram mais 33 crianças acompanhadas no distrito de Bragança do que em 2018, de um total de 629 testes do pezinho realizados.

Uma situação indicativa de alguma recuperação da natalidade no distrito de Bragança que, desde 1984, perdeu mais de metade dos nascimentos registados anualmente.

Em todo o país, em 2019, foram estudados 87.364 recém-nascidos no âmbito Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética do Departamento de Genética Humana. Em relação a 2018, foram realizados mais 537 “testes do pezinho” (86.827).

 

Lisboa foi o distrito com o maior número de bebés estudados (26.281), seguido do Porto (15.701) e Setúbal (6.723), enquanto que Portalegre (621), Bragança (629) e Guarda (697) foram os distritos onde menos testes foram efetuados. Outubro foi o mês com mais recém-nascidos rastreados (8.516), seguido de janeiro (8.291) e agosto (7.599).

No distrito de Bragança, os números têm vindo a decrescer quase a cada ano que passa, sobretudo desde o encerramento da maternidade de Mirandela em setembro de 2006, que deixou a de Bragança como a única a funcionar em todo o distrito.

Esses primeiros três anos foram os de maior choque para as populações, traduzidos nos números de Vila Real que, ao contrário do Nordeste Transmontano, cresceram ou mantiveram-se, à custa, também, de várias grávidas dos concelhos mais a sudoeste do distrito de Bragança, como Mirandela, Carrazeda de Ansiães ou Vila Flor.

Essa migração de nascimentos de crianças cujos pais habitam no Nordeste Transmontano torna-se evidente se comparados os dados do teste do pezinho com os dados dos nascimentos na Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULS), que são inferiores.

 

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