Oração e silenciamento: os passos decisivos para uma vida mais plena
(continuação a edição anteriror)
(continuação a edição anteriror)
São tantas as vezes que eu sou questionado sobre o que é rezar ou como é que se deve rezar. Antes de tudo, rezar não é um acto mágico ou abstrato. Antes, é a expressão e a visibilidade de uma relação íntima e pessoal. Rezar é, por assim dizer, a revelação do amar mais profundo e mais integral. Por isso, só reza quem ama e quem tem, vive e se alimenta nesta relação íntima que se gera entre Nosso Senhor e cada um de nós.
Escrevo este texto na antecâmara do dia em que celebramos liturgicamente a memória desta ilustre figura (5 de dezembro) e que, de certa maneira, imprimiu traços únicos e distintos na comunidade e no seu território, criando o caminho que conduzirá à assunção e à construção de uma identidade que estará na génese do movimento independentista de Portugal, afirmando-se como nação e como povo singular. Falamos, pois, de São Martinho de Dume (também conhecido, embora não tanto, por São Martinho de Braga).
Escolho as palavras de Cícero para iniciar esta humilde reflexão: “Certifica-te que és um fator de soma na vida das pessoas de quem participas” (Cícero). A mundividência de Cícero muito nos ajuda a perceber e analisar os tempos actuais. Para ele, o Homem existe e distingue-se sempre e desde que esteja ao serviço do seu próximo, sempre que é capaz de aportar valor e significado à vida do outro, sempre que é capaz de ser “fator de soma” na vida das pessoas de quem ele se cruza.
Continuação de edição anterior)
A crise é sempre um processo de mudança, de saída de si mesmo; é ir para mais longe e ver de forma ampla e mais larga. E é pela via do sofrimento, pela via da disciplina que a crise suscita em cada um de nós a força que nos impulsiona e nos motiva para uma mudança assertiva e contundente, para uma transformação em ordem a um bem maior e a um bem-estar mais pleno e apaziguante.
O Papa Francisco vem reiteradamente alertando para a ‘cultura do descartável’ que o processo de globalização tem implementado na sociedade actual1. “Vivemos numa época marcada pela pressa, pela agitação e pelo imediatismo. Tais características são típicas de uma sociedade na qual a Globalização da Indiferença está enraizada e como tal produz efeitos nefastos, tais como, não compreender no outro o meu semelhante, o meu irmão, um prolongamento de mim mesmo.
Agosto rima com festa, praia, férias, família, encontros e música. É neste som que tantos de nós nos sentimos embalados. Na harmonia dos sons festivos do verão, somos embalados e conduzidos à natureza da nossa identidade. Cada festa de verão é uma festa de um povo, de uma identidade colectiva, de um ser e de um sentir que une e define.
A Inteligência Artificial é hoje um tema e um assunto central e nuclear. Ele econtra-se no centro da agenda política, industrial e social dos tempos hodiernos. Numa óptica mais pessoal, considero a Inteligência Artificial como aquela que dá início à terceira revolução industrial. É algo tão vital e incontornável que, das duas uma: ou eu me adapto e trabalho para a tornar mais humanizada ou ela implementar-se-á, quer queira ou não, nas dinâmicas mais simples e ordinárias da nossa vida quotidiana. Esta é uma realidade incontornável e um processo irreversível.