Nordeste Transmontano

Hospitalização ao domicílio quer ser alargada a todo o distrito

Publicado por António G. Rodrigues em Qui, 2023-11-09 17:51

Os responsáveis pela Unidade de Hospitalização Domiciliária da Unidade Local de Saúde do Nordeste gostariam de ver o serviço alargado a outros concelhos do distrito de Bragança.
Uma vontade manifestada no primeiro Congresso de Enfermeiros de Medicina Interna da Unidade Local de Saúde do Nordeste, que decorreu sexta-feira e sábado, em Bragança.
“É um projeto que está na mente de todos, alargar o número de camas e a área de influência a outros concelhos.

Gostaríamos de duplicar a capacidade para dez doentes em simultâneo. Isso implica recursos, designadamente recursos humanos”, disse Norberto Silva, Coordenador de enfermagem da Unidade de Hospitalização da ULS Nordeste, à margem de um painel sobre o tema.

As regras de hospitalização domiciliária implicam médico e enfermeiro por cada cinco camas, que são, atualmente, a capacidade máxima desta Unidade, criada em 2019, em Bragança.
O objetivo passa por alargá-la aos hospitais de Macedo de Cavaleiros e Mirandela e, “se possível”, duplicar a capacidade em Bragança.

“É o futuro da hospitalização. Noutros países já existe há uma série de anos. Em Portugal é mais recente. Nós fomos uma das 30 primeiras a assinar o protocolo no SNS”, explicou Norberto Silva, que considera que o balanço “é extremamente positivo”. “Permitem, para um grupo selecionado de doentes, em função de determinadas características, clínicas e sociais, serem tratados em sua casa em vez de estarem internados no hospital.

Temos capacidade de cinco doentes. São cerca de 120 doentes por ano, que deixam de estar em camas de hospital”, observou.

Esta unidade permite uma série de vantagens, e não só para os doentes. “Se podemos ser tratados nas nossas casas, comer da nossa comida, e se podemos ter a garantia de um tratamento idêntico ao de um hospital, acho que todos prefeririam. E permite libertar camas hospitalares, que são escassas, para doentes de maior gravidade”, sublinhou Norberto Silva.

Para já, aumentar camas ainda não é possível. “Não só é possível mas é desejável. É um projeto que está na mente de todos, alargar o número de camas e a área de influência a outros concelhos.

Duplicar a capacidade para dez doentes em simultâneo. Isso implica recursos, designadamente recursos humanos”, frisou.

Por outro lado, as recuperações são mais rápidas do que no internamento tradicional. “A literatura refere uma melhoria em todos os índices de recuperação dos doentes. E há uma série de complicações em hospitais, nomeadamente as infeções hospitalares, que ficam bastante diminuídas”, concluiu.

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