O futuro das empresas do distrito “passará por inovar o tradicional repensando os seus produtos"

Ana Carvalho, plant manager da Konig Modulo Portugal, localizada em Bragança, foi eleita nova presidente do Nerba. A lista que lidera tem projetos para a associação, vai apresentar o plano de trabalho em breve e apostar em dinamizar a agregação entre todos os intervenientes que possam contribuir para o desenvolvimento das empresas. Repensar o associativismo é também um objetivo.

Mensageiro de Bragança: Que avaliação faz das PME do distrito?
Ana Carvalho: As empresas do distrito são caracterizadas na sua maioria por nano e microempresas com 2 a 3 ou e com menos de 10 trabalhadores respetivamente.
As PMEs do distrito têm mostrado muita resiliência ao enfrentar condições muito difíceis para o seu crescimento, a maior dificuldade do distrito é um problema de escala.
Penso que um dos caminhos e que já algumas empresas estão a percorrer passará por inovar o tradicional repensando os seus produtos de como aumentar o valor acrescentado dos mesmos apostando na autenticidade e na diferenciação.
A exportação e exploração de novos mercados assim como sinergias na península ibérica podem ser fatores de alavancagem de negócio. Penso que as novas gerações altamente qualificadas e preparadas, em simbiose com o que é o seu legado familiar estão a dar passos para esta transformação e desenvolvimento.
Cito a conclusão do Fórum de Empreendedorismo e a Coesão territorial, realizado no âmbito da Carta de Compromisso para o desenvolvimento de Trás-os-Montes e Alto Douro:
‘’A grande vitalidade da economia nas regiões do interior, a sua capacidade de inovação, a sua orientação fortemente exportadora, muito superior à média nacional, não podem ser desperdiçadas, em favor de lógicas conjunturais, pouco sólidas e de polarização urbana no litoral.”
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