// ENTREVISTA - Fernando Morato, treinador adjunto no Sporting

“Percebi desde cedo que o Rui Borges era um treinador diferente”

Publicado por Guilherme Moutinho em Qui, 07/03/2025 - 09:23

Natural de Bragança, Fernando Morato, de 29 anos, tem trilhado um percurso assinalável no futebol português. Iniciou a sua carreira no GD Bragança mas foi no SC Mirandela que consolidou a sua posição como treinador-adjunto, começando, em 2017/2018, uma parceria de sucesso com Rui Borges. Juntos, ascenderam do Campeonato de Portugal à Primeira Liga, passando por clubes como Académico de Viseu, Académica, Nacional, Vilafranquense, Mafra, Moreirense e Vitória SC. Atualmente, integram a equipa técnica do Sporting CP, onde conquistaram a “dobradinha” na época 2024/2025.
Nesta entrevista, Fernando Morato partilha a sua trajetória, a experiência de trabalhar com jogadores de topo como Viktor Gyökeres e a importância das suas raízes brigantinas.
MdB – Poderia descrever o seu percurso desde os primeiros passos no GD Bragança até à chegada ao Sporting CP?
FM – Tenho a sensação de que a ascensão até à Primeira Liga não demorou assim tanto tempo, mas, uma vez lá, tudo acontece muito depressa. Depois de uma época extraordinária em Moreira de Cónegos, onde batemos o recorde de pontos e classificação do Moreirense, iniciámos a época seguinte no Vitória SC e terminámos como campeões no Sporting. Antes da Primeira Liga, foram seis anos de construção, em que conhecemos vários contextos, equipas, jogadores e administrações – e esse caminho ajudou-nos a chegar até aqui. As pessoas que fomos conhecendo e com quem aprendemos, sobretudo os jogadores, moldaram a nossa forma de estar, os nossos princípios, ideias de jogo e até hábitos diários.

MdB – No início da sua carreira, após meia época no GD Bragança, integrou a equipa técnica do SC Mirandela, um clube rival regional. Como foi lidar com essa transição e que impacto teve no seu percurso?
FM – Saí do GD Bragança com o mister Zé Gomes, em abril de 2016, a meio da época, por decisão do clube. Apesar do enorme carinho que tenho pelo clube da minha terra e da vontade de ajudar, não fazia sentido continuar. São ciclos e momentos. Passados alguns meses, recebi uma chamada do Rui Borges a questionar a minha disponibilidade para o Mirandela, por influência do Francisco ‘Kika’ Miranda, que jogava lá nesse ano. Nunca senti qualquer questão de rivalidade – o lado profissional prevaleceu. Um exemplo disso é o dérbi distrital no Campeonato de Portugal, que ditou a descida do Bragança. Foi um momento agridoce: feliz pela vitória da minha equipa, mas triste pela descida de um clube onde gosto de estar e que continuo a seguir.
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