Mirandela

Prestação de contas aprovada com prejuízo de 325 mil euros

Publicado por Fernando Pires em Qui, 2022-05-05 10:59

Depois de ter sido aprovado na reunião do executivo, na passada sexta-feira, foi a vez da Assembleia Municipal aprovar o relatório de contas do Município de Mirandela, referente a 2021.

A execução orçamental rondou os 76%, com um resultado negativo de cerca de 325 mil euros, que para a presidente da câmara acaba por ser satisfatório, “face ao período de pandemia que se viveu ainda em 2021, levando a uma quebra de receita, mas também devido às amortizações do registo patrimonial que não estava inventariado há duas décadas e que quisemos verter nos documentos”, assinala Júlia Rodrigues.

“No entanto, conseguimos executar muito daquilo do que tínhamos previsto e preparamos o ano 2022 para termos uma capacidade de obras e investimento que pretendemos executar”, acrescenta.

O relatório da prestação de contas de 2021 teve os votos favoráveis da bancada socialista. “Uma vez que toda a apresentação foi coincidente com o que foi aprovado, não haveria outra forma de votar, uma vez que consideramos ter sido uma boa execução orçamental”, refere Rui Pacheco, líder da concelhia.

PSD e CDS optaram pela abstenção. “Andamos durante quatro anos a defender um conjunto de projetos e iniciativas que o executivo devia implementar, porque eram contrárias ao sentido que a presidente da câmara estava a dar ao seu mandato, mas chegados às eleições, quando o eleitorado mirandelense dá um voto de confiança ao executivo socialista, só nos resta fazer um voto de vencido e agora partir para mais quatro anos com novas ideias por forma a galvanizar o eleitorado mirandelense, que achamos que é de matriz social-democrata, mas que se volte a identificar com no PSD local “, justifica Paulo Pinto, líder da concelhia social-democrata.

“Optamos pela abstenção, porque não é em dois dias ou três que se analisa um processo com a vastidão do que nos foi apresentado. Somos profissionais, trabalhamos nas nossas áreas e não temos a liberdade que tem alguns partidos de terem um secretariado a trabalhar para estes processos. Não temos capacidade de análise e a atitude mais sensata era abstermo-nos”, afirma José Mesquita, presidente da concelhia dos democratas-cristãos.

Já o único deputado municipal da CDU votou contra. “É um documento daquilo que vem da opção do que foi o orçamento apresentado por este executivo e como nós votamos contra, não fazia sentido agora votar de outra forma a prestação de contas de um orçamento que foi uma opção política. Fica a prova de que não são orçamentos realistas para o concelho, porque são empolados para um valor superior e que depois tem esta taxa de execução”, adianta Jorge Humberto.

Diga-se que a dívida do Município é agora de 12 milhões de euros.

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