A opinião de ...

E Agora?

Por mais que custe a aceitá-lo, é impossível escamotear que a humanidade enfrenta um dos maiores, se não mesmo o maior, dos desafios de sempre quando, de um dia para o outro, se viu confrontada com esta pandemia assustadora, desencadeada pelo aparecimento súbito e, para já, totalmente incontrolável do coronavírus - COVID-19 que, se não for travado urgentemente, pode transformar-se numa hecatombe inimaginável e brutal, capaz de a fazer ruir como um castelo de cartas.
A situação, porque demasiadamente séria, não pode deixar ninguém indiferente. Por isso, nesta fase de tantas incertezas, temos de fazer tudo o que possa estar ao nosso alcance para tentar impedir que fique em risco a própria sobrevivência de toda a humanidade, começando por cumprir rigorosamente as instruções dimanadas das autoridades competentes envolvidas neste processo, com especial atenção a medidas tão simples a lavagem frequente das mãos, a obrigação de permanecer em casa e a alteração de alguns hábitos da normal convivência social, medidas essas impostas para tentar suster o avanço da pandemia e, ao mesmo tempo, proteger a saúde de todos.
Convenhamos que, se lavar as mãos poderá nem ser assim tão difícil, já permanecer em casa, por imensas razões, poderá tornar-se bem mais complicado
Pelas mais diversas razões, de à umas décadas a esta parte, a permanência em casa está praticamente reduzida a dormir e pouco mais. No ritmo triturador da vida atual, a grande maioria das pessoas sai de casa ainda de madrugada para regressar já noite dentro, jantar à pressa, tratar das lides da casa, dormir a correr e outra vez levantar cedo para ir trabalhar.
A viver assim, em apartamentos ou andares exíguos como gaiolas, as pessoas sentem a necessidade irreprimível de sair e ir dar uma volta, nem que seja por breves minutos, para respirar o ar puro e descomprimir a pressão duma semana de trabalho.
Porque a situação atual não nos deixa alternativa, se bem que não seja nada fácil consegui-lo, resta fazer tudo para manter a calma e encará-la com fé, esperança e caridade.
- Com Fé e confiança em nós próprios e nos outros, fé nos nossos princípios e nas nossas convicções, fé em Deus nosso criador, Deus da vida, da paz e do amor que nos protege e nos ama.
-Com Esperança em que tudo se resolverá pelo melhor tão depressa quanto possível, e porque atrás de tempo, tempo vem, dias melhores virão e, finalmente, de novo o Sol brilhará para todos nós.
-Com Caridade, mas não com caridadezinha, com a caridade que é amor e que, mais do que em dar se realiza dando-se aos outros, porque o nosso Deus, que se definiu a si próprio como sendo o amor, nos garantiu também que estará onde houver caridade e amor.

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