Socialistas exigem ao Governo manutenção da ligação aérea para Portimão “por ser fundamental à região”
O Partido Socialista exige ao Governo e os seus governantes “que tomem as necessárias medidas e soluções urgentes, assegurando que não se venha a verificar a interrupção do serviço aéreo” da ligação entre Trás-os-Montes e Portimão, que consideram “fundamental para região e em particular para o distrito”, explicam numa moção dos membros eleitos para a Assembleia Municipal.
O Grupo Sevenair, que detinha a concessão da carreira aérea Bragança-Vila Real-Viseu-Portimão, anunciou na semana passada que não vai continuar a assegurar o serviço após segunda-feira, face à dívida de 3,8 milhões de euros que o Estado tem para com a transportadora relativa a dois contratos por ajuste direto e a pagamentos em falta dos anos da concessão.
De qualquer maneira, o segundo contrato de ajuste direto, adjudicado em julho, devido ao atraso no desfecho do concurso público internacional, termina esta segunda-feira e até ao momento ainda não foi renovado.
O PS de Bragança refere numa moção que “referida ligação aérea é fundamental para a coesão territorial e para o desenvolvimento socioeconómico das diferentes regiões abrangidas pela carreira aérea em questão, sendo a subvenção pública da mesma um importante fator de discriminação positiva para a promoção da necessária coesão territorial e económica”.
Em 2023, a ligação aérea transportou cerca de 13 mil passageiros, o que representa uma taxa de ocupação de 75%, “com uma tendência ascendente de procura, por parte dos utilizadores, demonstrando a importância crescente da referida ligação”, acrescentam os socialistas acrescentam que “esta situação só está a acontecer por falta de planeamento, sentido de responsabilidade, interesse ou até por desprezo do Governo, para com as populações das regiões que beneficiam desta ligação, em particular com a população do distrito de Bragança”.
O anterior Governo, liderado pelo PS, lançou a 27 de março um concurso internacional para a concessão da ligação área, que tinha como data prevista para o seu início 1 de outubro, terça-feira, mas, até ao momento, o Governo ainda não anunciou o seu desfecho.