A opinião de ...

Autárquicas Bragança: incerteza na continuidade

O PSD ganhou as eleições autárquicas para a Câmara Municipal, quadriénio 2013-2017, com maioria absoluta de vereadores, por efeito do método de Victor d`Hondt, elegendo o Presidente da Câmara Municipal e três vereadores, atingindo 47,25% dos votos.
O PS manteve os resultados de 2009, de nada valendo a presumida mais-valia de Júlio Meirinhos e não passou de dois vereadores e de 26,02%.
O Movimento Sempre Presente manteve os 16,54% de há quatro anos, o que, comparativamente ao contexto de 2009, pode valer entre 20% e 25%.
Do lado da Assembleia Municipal, o PSD tem também uma larga maioria, de 47 membros em 79, na medida em que elegeu 20 deputados municipais e 29 presidentes de junta de freguesia.
Já o PS elegeu 11 deputados municipais e 10 presidentes de junta.
O MSP elegeu 7 deputados municipais, não elegendo qualquer Presidente de Junta.
O CDS elegeu um deputado municipal, o PCP/PEV, outro e o BE perdeu o seu.
A nível de Assembleia de Freguesia, o PSD elegeu os presidentes de junta de freguesia de: Alfaião, Babe; Baçal; Castrelos e Carrazedo; Castro de Avelãs; Coelhoso; Donai; Espinhosela; França; Gondesende; Mós; Rabal; Rebordainhos e Pombares; Rebordãos; Rio Frio e Milhão; Salsas; S. Julião de Palácios e Deilão; Sendas; Serapicos; Gimonde; Gostei; Grijó de Parada; Macedo do Mato; Nogueira; Parada e Failde; Pinela; Samil; S. Pedro de Serracenos; Sé, Santa Maria e Meixedo; Zoio.
O PS elegeu os presidentes de junta de freguesia de: Aveleda e Rio de Onor; Carragosa; Outeiro; Parâmio; Quintanilha; Quintela de Lampaças; Samil; Santa Comba de Rossas; Sortes; Izeda, Calvelhe e Paradinha.
Como comentário geral aos resultados, julgamos ser pertinente afirmar que os eleitores que manifestaram o seu voto, em Bragança, ao contrário do que aconteceu a nível nacional, estão contentes com o governo autárquico. Esta conclusão resulta de que, ao contrário do que aconteceu a nível nacional, o PS não aumentou a sua votação e o MSP aumentou-a pouco. Por outro lado, dadas as características dos vencedores, fica a incerteza da continuidade das políticas perseguidas até agora.
A nível nacional, o PS teve mais votos que o PSD mas a diferença é insignificante. Conquistou também mais autarquias mas a principal conclusão é a de que os eleitores manifestaram o seu descontentamento com os dois maiores partidos reforçando a votação dos movimentos independentes, os quais venceram no Porto e em Matosinhos, pelo menos. A vitória do PS, a nível nacional, é, assim, uma vitória de Pirro.
Realce ainda para as perdas de maioria absoluta do PSD em Macedo de Cavaleiros e em Chaves e a vitória do PS em Vila Real.

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