Acidente de trabalho chega a julgamento nove anos depois da morte da vítima

O processo relacionado com um acidente de trabalho, que resultou na morte de um operário da construção civil, soterrado numa obra de requalificação de passeios e instalação de saneamento na Estrada Nacional 15, em Bragança, começou a ser julgado nove anos após a ocorrência.
O julgamento do processo-crime começou na passada segunda-feira, com a audição dos arguidos, mas o caso tem-se arrastado na justiça.
No banco dos réus sentam-se cinco arguidos, nomeadamente os responsáveis pela empresa que estava a executar os trabalhos de requalificação de passeios para a Câmara Municipal de Bragança, e funcionários da autarquia a quem cabia a fiscalização, acusados de um crime de infração da violação das regras de construção.
A mãe, assistente no processo, faz um pedido cível de alguns milhares de euros.
À data do acidente o trabalhador tinha 29 anos. O caso remonta ao dia 31 de janeiro de 2015. Pedro Lara tinha acabado de chegar ao local onde decorria a obra, à entrada da cidade de Bragança, quando ocorreu o desabamento de terras, numa altura em que o jovem havia entrado na vala que se destinava à instalação de saneamento. Pedro Lara ficou soterrado. Ainda foi assistido no local pelo INEM, que o submeteu a manobras de reanimação, mas não resistiu e o óbito foi ali declarado.
Pedro Lara, natural de Tabuaço, encontrava-se ao serviço da ASG, Construções e Granitos, sediada no distrito de Vila Real, empresa adjudicatária da empreitada. Tratava-se de uma obra, cuja dona era a Câmara de Bragança, que tinha por objetivo a requalificação da entrada sul da cidade ao nível dos passeios e num ramal de saneame