Nordeste Transmontano

GNR alerta para o crescimento das burlas online

Publicado por AGR em Qui, 2024-03-07 15:07

O número de burlas online tem estado a crescer. O alerta é dado pelo Comando Nacional da Guarda Nacional Republicana (GNR).
De acordo com os dados desta força de segurança, de 2022 para 2023 houve mais 3579 casos destes em todo o país.
“Em 2022, foram registados pela Guarda 17 969 crimes de burla, onde predominam as burlas informáticas e nas comunicações com 6 518 ocorrências e burlas com fraude bancária com 2 630 registos.
No ano 2023, verificou-se um aumento face ao ano de 2022, registando-se 21 548 crimes de burla, destacando-se a burla informática e nas comunicações com 7 303 ocorrências e burla com fraude bancária com 3 079 registos”, lê-se na informação da GNR.

Os distritos do Porto, Setúbal e Lisboa são os mais afetados, pese embora existam ocorrências dispersas por todo o território nacional.
O distrito de Bragança não é exceção, registando-se um aumento de 26 por cento neste tipo de ocorrências participadas.
Ou seja, de 163 casos registados em 2022, passou-se para 206 no ano passado.

De acordo com a GNR, as ocorrências com mais incidência dizem respeito ao modo de atuação de compra e venda de bens, MB Way e publicações na internet.
As burlas através de MB Way são as únicas que tiveram um decréscimo entre 2022 e 2023.

Tiago Pedrosa, especialista em cibersegurança e investigador no Instituto Politécnico de Bragança, adverte que têm sido comuns as burlas através do whatsapp ou do MBWay. “Estão a usar fotografias retiradas das redes sociais para se tentarem fazer passar pelas pessoas no whatsapp e conseguirem transferências de dinheiro”, explicou.
Por isso, este investigador alerta para alguns comportamentos:

Ignorar contactos de números desconhecidos. Tentar validar a identidade das pessoas de outras formas”, sublinha.

Por outro lado, pede, ainda, “muito cuidado com as vendas online, seja devido a anúncios falsos e pagamentos por MBWay utilizados de forma errada”. “Associam o MB de uma pessoa ao número dos burlões”, explica.

Ao Mensageiro, Tiago Pedrosa explica ainda que “tem havido algumas burlas com aluguer de casas, pedindo dinheiro para visitar”, mas que essas ocorrem maioritariamente no litoral e grandes centros.

Relativamente aos processos de compra e vendas online, este investigador aconselha a verificar o site em que se façam compras, através das críticas de outros utilizadores, ou “utilizar meios de pagamento que permitam cancelar ou que tenham seguros associados, como o Paypal”.
“Acima de tudo, quando a esmola é grande e os preços muito convidativos, há que desconfiar”, precisou.

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