Nacional

Jornalistas em greve no dia 14 de março por melhores condições profissionais

Publicado por . em Ter, 2024-03-12 15:00

O Sindicato dos Jornalistas convocou uma greve geral para a próxima quinta-feira, 14 de março. A insegurança no emprego, a par com os salários baixos praticados no setor, é um grave obstáculo ao desenvolvimento pleno da profissão de jornalista. É um entrave ao próprio direito dos cidadãos de serem informados livremente. Um jornalista que não consegue pagar as contas ou ter um mínimo de estabilidade no emprego é um jornalista condicionado no exercício do seu trabalho. O fluxo constante de notícias nas televisões, nos jornais, na rádio e na internet é há anos sustentado por práticas laborais que atropelam os direitos dos jornalistas.
Os jornalistas exigem aumentos salariais em 2024 superiores à inflação acumulada desde 2022 e a melhoria substancial da remuneração dos freelancers; A garantia de um salário digno à entrada na profissão e de progressão regular na carreira; O pagamento de complementos por penosidade, trabalho por turnos e isenção de horário; A remuneração por horas extraordinárias, trabalho noturno, e em fins de semana e feriados; O fim da precariedade generalizada e fraudulenta no sector, pelo recurso abusivo a recibos verdes e contratos a termo; O cumprimento escrupuloso das leis do Código de Trabalho, incluindo a garantia do equipamento técnico necessário, em particular para a captação de imagem e som; O cumprimento escrupuloso do Contrato Coletivo de Trabalho da imprensa e a generalização da contratação coletiva para o setor audiovisual e da rádio; A justa remuneração de quem cumpre o estágio obrigatório para o acesso à profissão.
Condições humanas e materiais para a produção noticiosa, cumprindo princípios éticos e deontológicos; A intervenção do Estado na garantia da sustentabilidade financeira do jornalismo; A revisão das estruturas regulatórias da comunicação social e do jornalismo, garantindo a sua atualização e capacidade para salvaguardar a qualidade da informação. “É lamentável que, nos 50 anos do 25 de Abril, um pilar fundamental da Democracia esteja tão ameaçado. Jornalismo precário não é Jornalismo livre. Uma Democracia não sobrevive sem jornalismo de qualidade”, referiu o presidente do Sindicato, Luís Filipe Simões.

Assinaturas MDB