A opinião de ...

Deus manda-nos ser bons, não nos manda ser parvos.

Na edição deste jornal de 04 de Novembro, o Dr. José Mário Leite (JML) centra-se, atira-se, a Rui Rio, qual gato esfaimado se atira a bofe porcino acabado de ser esquecido no alguidar no decurso da desmancha do reco alimentado com folhas de negrilho, farelos, castanhas e maçãs cruas e algum centeio a forma a carne ficar mais gostosa. Ora, o «desgosto» de (JML) reside no facto do Presidente do PSD não ter viabilizado o Orçamento, inviabilizando a ascensão do austero e firme líder do universo laranja ao restrito panteão de estadistas. E, vai mais longe, acusa-o de não possuir faro político tal qual os galgos preguiçosos, ao modo do proprietário, o saudoso Pato Vila que se dava ao luxo de ver voar as perdizes e as lebres a correr só esboçando gestos de emérito caçador quando lhe apetecia um láparo gordinho e desnorteado. Ora, (JML) reluz desfasamento do que é ser um verdadeiro estadista, um inglês primeiro-ministro «armado em pangaio» de estadista cedeu a Hitler, os resultados são conhecidos e, o grande estadista de charuto na boca, amante de boas bebidas espirituosas, lançou a trilogia do sacrifício até às ultimas consequências – sangue, suor e lágrimas – sendo porta-estandarte da luta contra a besta nazi provocadora de milhões de vítimas nos diversos palcos de guerra.
As comparações são odiosas dizem os naturais da Velha Albion, no que tange a Rui Rio ainda mais, porém ninguém de boa-fé pode beliscar a sua conduta no empenho em cumprir a divisa do ora muito citado e pouco lido Sá Carneiro, primeiro Portugal…
Na altura de Rio ter vencido as primárias contra o apelidado de Zanduga pelo fugitivo para Bruxelas, um docente universitário portuense disse-me: sabe o mal de Rui Rio é ser Porto, ser de formação alemã e não precisar da política para nada. Pois é: na corte de Rangel abundam os glutões esfaimados privados de comerem à mesa do Orçamento, envernizados de modo a estarem sempre em pé, e quando surge alguém a suster-lhe o apetite tudo serve para o apoucar.
Manter coerência, colocar a informalidade no tratamento das pessoas entre baias da boa educação tal como Verney e tantos outros pedagogos, rejeitar sujeições de cócoras por um qualquer devaneio etéreo em arremedo de estadista não passa de bazófia em noite de matança do porco segundo o ancestral modelo em terras transmontanas.
Os almocreves das aldeias de Vimioso diziam: onde há lucros, não há escrúpalos, Rui Rio evidencia firmes escrúpulos em não ser pantomineiro a ponto de colocar a máscara hipócrita de fingir aquilo que abomina. O seu currículo político é incompatível com o ser parvo quando o adversário António Costa o tenta humilhar, do mesmo modo os militantes laranjinhas. Entendido. Quem não se sente…!
Militante do PSD
Ora

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3860

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