A opinião de ...

Atualidade política definitivamente, todas as cartas estão sobre a mesa

Com a realização do 43º congresso do PSD, nos passados dias 17 a 19 de dezembro, não obstante o natural envolvimento das pessoas na preparação das festas do Natal e do Ano Novo, contra tudo o que seria espectável, gerou-se uma súbita e inusitada vaga de fundo que, apanhando de surpresa todos os principais atores da cena política nacional de todos os quadrantes, os obrigou a redefinirem-se e a reposicionarem-se em função das eleições para a Assembleia da República do próximo dia 30 de Janeiro de 2022.
Mais de meio século depois do vinte e cinco de abril, tempo mais que suficiente para descer à terra, ganhar juízo e deixar de brincar com coisas sérias, o país teima em continuar a viver na mesma onda e a brincar com o fogo, como se uma verborreia fútil e inútil, condimentada com slogans sem nexo, gastos e sem qualquer sentido fossem suficientes para garantir a todos empregos estáveis e bem remunerados, proporcionar um serviço nacional de saúde universal e de qualidade, dar o pão, a casa e a educação a que todos, legitimamente, deveriam ter condições para aceder, de acordo com o mérito, as possibilidades e as necessidades de cada um.
Mas não, e por muito que isto custe a aceitar, passado todo este tempo, a realidade económica, política e social do país está como todos sabemos.
Não fora a coragem e a lucidez de todos aqueles que, contra os augúrios e os fantasmas dos muitos iluminados e progressistas de então, em boa hora conseguiram a adesão de Portugal à Comunidade Europeia, muito provavelmente, sem as pipas de milhões vindos da Europa, à semelhança de muitos outros que ainda não conseguiram entrar nela, o nosso país não passaria de um pequeno território desacreditado e sem crédito, sempre de mãos estendidas e a viver de esmolas.
Depois de uma semana do congresso do PSD, a onda de choque que se expandiu pelo país foi enorme e está a obrigar toda a classe política, especialmente os construtores da anterior solução governativa, (PS, PCP, BE e… PR), a reequacionar a importância das próximas eleições legislativas, exigindo-lhes que, sem sofismas e sem demagogia barata, expliquem aos eleitores as causas e as consequências do vergonhoso fiasco dessa espécie de aborto de solução que deu origem à segunda versão da geringonça , não revista mas piorada, que foi satisfazendo as ambições de poder do Dr. A. Costa, que implodiu sem honra nem glória, gerou a atual crise política e deixou sérios avisos para o perigo e a inutilidade de insistir em soluções politicas semelhantes, incapazes de garantirem a indispensável estabilidade governativa, capaz de enfrentar e resolver com sucesso todos os desafios com que o país irá ser confrontado nos anos mais próximos.
Aqui chegados, das duas alternativas credíveis, os portugueses têm de dizer, responsavelmente, se querem que tudo fique na mesma, votando na política falhada dum político desgastado como o Dr. António Costa os, se pelo contrário, querem que tudo mude e mude para melhor, votando na coragem, competência, rigor e seriedade dum homem como o Dr. Rui Rio.

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