A opinião de ...

A Festa…a comunidade…a família e a… Religiosidade!..

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Estamos já em pleno verão. Tempo quente, de festas e diversão!...
Com as condições climatéricas favoráveis, é neste período que acontecem quase todas as festividades populares, quer seja no meio urbano, quer seja no meio rural. Aliás, sobretudo para as pessoas que nasceram, ou cultivam a identidade com as aldeias, a “festa do povo” é sempre apontada com referência especial, até para marcar e reservar um período de férias.
Muito mais convergentes do que quaisquer outros acontecimentos festivos anuais, as festas nas aldeias são geradoras de motivação acrescida, para uma animação abrangente, participada, acrescida.
Não obstante toda a dinâmica colectiva que se promove e sustenta num objectivo comum, o acontecimento festivo deveria, apesar de todo o envolvimento, ser potenciador de uma interacção mais reflexiva sobre a vida de cada de comunidade e mais sentido ao nível da religiosidade.
Isto, sobretudo, porque quase todas as atividades festivas se apresentam em “Honra” de uma figura da Igreja. E é à volta da representação religiosa, que se desenvolve todo o processo festivo, nomeadamente na sustentação dos fundamentos para angariação de recursos financeiros.
Ora, assim sendo, e sendo certo que, oficialmente e por direito, o Pároco é o Presidente da Comissão de Festas, recai sobre este representante da Igreja e da Diocese uma responsabilidade acrescida, a todos os níveis, que deve ser, não só assumida, como respeitada e compreendida.
Desde a programação dos eventos, até à gestão dos bens económicos envolvidos, tudo carece da aprovação do Pároco local, não devendo ser esquecidas licenças da Cúria Diocesana, bem como observadas as orientações da Diocese no que toca à organização e gestão das festividades, devidamente delineadas em bibliografia própria, a qual todas as Comissões de Festas deveriam ter e conteúdo saber, para melhor ser respeitado.
Por outro lado, deve haver uma determinada separação nas funções de cada um, com base no respeito de e por todos, para que não existam atropelos organizativos, nem cenários incomodativos.
Durante uma cerimónia religiosa impõe-se que seja criado um ambiente compatível com vivências da Fé, no respeito pelo Sagrado, que não deve ser perturbado. Quer seja durante a Celebração Eucarística, quer durante Procissão, parte integrante, de todo o ato de Culto, deve imperar o silêncio possível, impondo-se a dignidade compatível.
Com efeito, deve ser evitada toda a espécie de diálogos laterais, de poluição musical alheia, de propaganda/venda comercial, na plateia, ou mesmo na lateral. Há momentos e procedimentos que, no decorrer das cerimónias religiosas, são incompatíveis, por mais argumentos que possam ser utilizados para justificar, mesmo atos isolados.
Não há dúvidas que as festas, como potenciadoras da alegria, da comunhão e da partilha devem ser vividas e sentidas. Em família, com os amigos, com os conhecidos…e com os conterrâneos que, porventura, só nessa ocasião se juntam e no mesmo espírito envolvidos.
Aproveitemos, pois, este tempo festivo de comunhão, partilha e diversão, para matarmos saudades daqueles que não vemos ao longo do ano e que fizeram parte das vivências do nosso quotidiano, em tempos que já lá vão.
É, com efeito, importante viver as festas de forma religiosa, social e ludicamente saudável, de modo a fortalecer a nossa capacidade de conviver em sintonia, dialogando construtivamente, expressando gestos empáticos e estabelecendo elos de união positivamente afetivos, através de coisas tão simples e ao alcance de todos, como uma saudação amiga, um sorriso, um abraço, um beijo…ou um aperto de mão, desde que tudo seja feito com sinceridade e do coração.

Edição
3479

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