Celina Pinto premiada pelo trabalho no Museu da Terra de Miranda
A diretora do Museu da Terra de Miranda, Celina Bárbaro Pinto, recebeu o Prémio de Mérito Profissional na área da Museologia, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM).
A distinção é um reconhecimento do trabalho e dedicação à promoção e divulgação da museologia e da cultura das Terras de Miranda a nível nacional e internacional. “Neste caso não houve concurso e o prémio foi atribuído por um júri e, como tal, é muito importante. É um reconhecimento e estou muita satisfeita, não por mim, e em termos pessoais, mas pelo reconhecimento que é feito, neste caso, ao Museu da Terra de Miranda e ao território. Vale muito, por isso. Gostava de o atribuir a todos os mirandeses e aos que amam este território”, explicou Celina Bárbaro Pinto ao Mensageiro.
Sem esquecer que o Interior “é um território de luta e de intervenção”, destaca a diretora mirandesa, o galardão é um reconhecimento a nível nacional e por isso tem, ainda, maior importância. “Havia outros como a diretora do Algarve, o diretor do Museu de Arte Antiga, que são pessoas de grande calibre e habituados a serem premiados. Ao ser-me atribuído a mim, enquanto diretora, é um reconhecimento para o museu e para o território. Estou feliz por isso. Finalmente conseguimos valorizar o património da região e, principalmente, o património etnográfico”, referiu Celina Bárbaro Pinto.
O edifício do Museu da Terra de Miranda está a sofrer uma intervenção profunda. Os trabalhos iniciados em julho de 2023 no melhoramento do edifício estão concluídos, mas agora vai ser lançada a segunda fase para as obras mais técnicas. “Vais ser aberto um novo concurso para a segunda etapa. Estas coisas na Administração Pública demoram algum tempo. Estamos num impasse para adjudicar as obras mais técnicas. Só depois destas obras poderemos começar a instalar o museu propriamente dito”, adiantou ao nosso jornal.
Encontro decorre a empreitada no edifício do museu está funcionar no antigo Paço Episcopal, onde está exposta parte da coleção e do acervo.
O museu deverá reabrir as portas ao público no próximo ano completamente renovado e adaptado a novas museologias e linguagens. “Vamos mostrar a cultura deste território e no património etnográfico e torná-lo apelativo, também para despertar o interesse das gerações mais novas. Este é o nosso grande desafio. Será um museu representativo da cultura, da etnografia, da língua, do património e da antropologia”, avançou a responsável que espera que o espaço remodelado “venha a surpreender pela positiva, onde o visitante fica expetante e quer regressar, por isso vamos usar as técnicas tradicionais, mas com conhecimento através das novas tecnologias e equilibrado entre o tradicional e o contemporâneo”.
O MTM é um dos mais visitados do distrito.