Autárquicas 2021

Distrito volta a virar à direita e PSD fica de novo em maioria ao conquistar três câmaras ao PS, que recuperou Freixo

Publicado por António G. Rodrigues/GL em Seg, 2021-09-27 01:47

O distrito de Bragança voltou a virar à direita, com o PSD a reconquistar três Câmaras ao PS (Mogadouro, Vila Flor e Miranda do Douro), perdendo apenas uma (Freixo de Espada à Cinta).

Bragança confirmou que é mesmo um bastião social democrata, com o PSD a conquistar as 39 freguesias do concelho, vencendo mesmo em quase todas as mesas de voto (à exceção de duas) do concelho.

"Não esperava este resultado", admitiu, já esta noite, Jorge Gomes, que lembrou ter aceitado ser candidato "quando estava no hospital, às portas da morte", pelo que só pôde "começar o trabalho em maio".

Hernâni Dias reforçou a percentagem de votação, chegando aos 51,51 por cento, contra os 26,98 por cento do PS que, pela primeira vez, não conquista uma única freguesia e fica abaixo dos cinco mil votos, tendo aqui o pior resultado dos últimos anos.

“Fizemos o pleno. Temos uma votação muito boa para a câmara municipal e assembleia municipal. Estamos muito gratos a todas as pessoas que reconheceram o trabalho que fizemos”, explicou o autarca reeleito pela terceira vez.

O Chega não conseguiu eleger nenhum vereador, colocando três elementos na Assembleia Municipal. O PS tem 12 e o PSD 24. A CDU manteve um eleito, enquanto o CDS-PP perdeu o único elemento que tinha.

O Bloco de Esquerda, que já há quatro anos não elegeu nenhum elemento, perdeu mais de 500 votos.

A grande surpresa da noite foi mesmo a derrota de Francisco Guimarães em Mogadouro, para António Pimentel.

Em Vila Flor, meia surpresa com a vitória de Pedro Lima, que já tinha sido candidato há quatro anos, destronando o socialista Fernando Barros após dois mandatos, sendo que estas foram as primeiras eleições sem a presença do antigo presidente, Artur Pimentel, entretanto falecido.

Em Miranda do Douro, com o socialista Artur Nunes em fim de ciclo pela limitação de mandatos, Helena Barril ganhou a corrida ao histórico Júlio Meirinhos, que há oito anos já tinha perdido as eleições em Bragança, por quase 700 votos.

Em Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves entra no terceiro mandato. A meia surpresa terá sido o resultado do movimento de cidadãos moncorvenses, que não chegou à centena de votos. O PS venceu apenas uma freguesia.

Em Vimioso, Jorge Fidalgo (PSD) voltou a ter um resultado retumbante, deixando apenas um vereador para o PS (perdeu um).

Resultado igualmente retumbante teve João Gonçalves em Carrazeda, conquistando quatro dos cinco vereadores, contra um do movimento independente. Este é o único concelho em que o PS não conseguiu eleger nenhum vereador.

Em Freixo de Espada à Cinta, cumpriu-se a tradição, com nenhum dos seus presidentes a fazerem mais do que dois mandatos. Nuno Ferreira (PS), que já tinha concorrido há quatro anos, destronou Maria do Céu Quintas (PSD), com uma diferença substancial (quase o dobro dos votos).

Em Vinhais, Luís Fernandes (PS) mantém-se para um segundo mandato, voltando a derrotar Carlos Almendra (PSD/CDS-PP), mas agora por uma diferença bastante mais significativa do que há quatro anos.
Agora foram cerca de 400 votos a separar os dois contendores quando em 2017 foram menos de uma centena.

Em Alfândega da Fé, Eduardo Tavares (PS), que há dois anos herdou a câmara conquistada por Berta Nunes, aumentou a votação do PS face ao que tinha acontecido em 2017, apesar de o número de inscritos até ter baixado ligeiramente.

Em Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues (PS) manteve a maioria apesar de ter perdido votantes. Rui Vaz, que tinha concorrido duas vezes pelo PS, candidatou-se agora como independente mas teve pouco mais de 500 votos.

Em Mirandela, Júlia Rodrigues (PS) reforçou a votação face ao PSD.

(Nota: Faltam ainda resultados definitivos do Ministério da Administração Interna em Mirandela e Vinhais, apesar de a contagem já estar fechada, daí a ausência de gráficos desses concelhos)

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