Congressos transmontanos
O Engenheiro António Jorge Nunes é transmontano nato e bragançano de antes quebrar que torcer, diligente e empenhadíssimo do progresso múltiplo do seu concelho sem concessões mesmo que veniais a quem gordo ou magro, bojudo de prosápia, especialista de banalidades repletas de ornatos fingidores, ou entendido armado em bebedor do fino político e/ou cortesão nos meandros do poder. Dos poderes.
Pois o Engenheiro Jorge Nunes continua, o exercício de fundas e bem sucedidas funções na qualidade de Presidente da Câmara de Bragança e na CCDR do Norte, na esteira de Ferreira Deusdado, Lopes Praça e Miguel Torga dedica tempo, estudo e fazenda à causa, nobre causa, da defesa, promoção e enaltecimento do Reino Maravilhoso ao qual decisores políticos tecem loas mastigando enchidos de massa, carnes fumadas e demais pitanças da secular cozinha desse mesmo reino que o poeta e romancista carreou para um Congresso Transmontano.
Ora, quem fique curioso em saber a que especificamente Congresso me refiro, saciará concludentemente a curiosidade, além de aumentar conhecimentos lendo o bem apresentado livro intitulado Congressos Transmontanos da autoria de Jorge Nunes.
O famoso sociólogo, antropólogo, historiador Terry Eagleton escreveu pertinentes considerações referentes às semelhanças das palavras agricultura/cultura pois ambas radicam no desbravamento, a agricultura das terras, a cultura das mentes. Ao reflectir acerca da obra, da continuidade do labor deste ilustre cidadão Jorge Nunes, atrevo-me a o considerar exímio desbravador da cultura empapada no terrunho áspero quantas vezes prenho de abrolhos para todos quantos não nasceram e foram colocados num berço de ouro como é o seu caso.
A obra Congressos Transmontanos tem no seu bojo ideias, evocações, alardes e alarmes, mensagens, propostas e sugestões que na minha desempoeirada opinião merecem análise e sérios debates, não sei se isso irá acontecer neste tempo de lantejoulas e bric-a-brac do efémero. Espero boas novas!
