Mundo unido contra a guerra
Esta última semana confirmou os receios que as pessoas de bom senso tinham. Vladimir Putin forçou a corda até partir, numa ânsia mal explicada de alargar o campo de influência russa até à Ucrânia.
O Ocidente resiste a forçar um conflito que seria desastroso para a Humanidade, enquanto olha para o que se passa no território ucraniano.
Responder a esta provocação com o envio de tropas significaria um holocausto nuclear, pois Putin não hesitaria em pressionar o botão.
Ainda esta semana, a norte-americana Fiona Hill, uma conselheira da Casa Branca que há vários anos lida com a Rússia, avisava: "já estamos a viver uma III Guerra Mundial" e que "sempre que se pensou que Putin não teria coragem de fazer isto ou aquilo, ele fê-lo".
Por isso, ganham ainda mais relevância as palavras do Papa Francisco, no domingo.
" Quem faz a guerra esquece a humanidade, não se preocupa com a vida das pessoas, põe os seus próprios interesses e a ânsia pelo poder em primeiro lugar. Deixa-se levar pela lógica diabólica das armas e distancia-se do povo comum, que quer a paz. As pessoas comuns são sempre as verdadeiras vítimas de todos os conflitos, porque pagam com a sua pele a loucura da guerra", disse Francisco após rezar o Angelus do palácio apostólico do Vaticano, citado pelo Diário de Notícias.
"Penso nos idosos, nos que procuram refúgio, nas mães que fogem com os seus filhos. São irmãos e irmãs para quem é urgente que se abram corredores humanitários e que sejam bem-vindos", acrescentou.
Mas já não é só de mísseis que a Humanidade deveria ter receio. Ainda ontem, o exército russo cercava uma das maiores centrais nucleares da Europa.
Os Serviços Secretos americanos falam num Putin cada vez mais fechado na sua bolha, alheado da realidade. Portanto, começam a descrever um lunático, que tem acesso a brinquedos muito perigosos. E, como qualquer criança sabe, ter os brinquedos e não os usar não tem piada nenhuma.
O Mundo deve, por isso, unir-se na pressão sobre a Rússia, na esperança de que o povo diga basta e force o seu ainda líder a parar com a loucura.
A alternativa é a intervenção militar, que todos temem e todos querem evitar. E o preço para evitar o conflito descaradamente aberto entre Ocidente e Rússia está a ser pago pelos ucranianos.
